Corte avalia quatro ações de partidos políticos contra perdão da condenação concedido pelo ex-presidente
O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, nesta quinta-feira, para declarar a inconstitucionalidade do indulto individual concedido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB).
Nessa quarta, a relatora, ministra Rosa Weber, considerou que o então presidente da República agiu com desvio de finalidade ao editar o decreto e votou pela anulação do indulto.
Segundo ela, o ato não observou o interesse público, com o único objetivo beneficiar um aliado político do ex-chefe do Executivo Federal.
“No caso em análise, com todo o respeito aos entendimentos contrários, para mim, a toda evidência se faz presente o desvio de finalidade.
Dois ministros votaram diferente
Nesta quinta, o ministro André Mendonça teve um entendimento diferente e votou para validar o indulto. “Entendo, até pelo contexto daquele momento, que a concessão da graça teve também um efeito de pacificação.
Ações
O plenário julga quatro ações — apresentadas pela Rede Sustentabilidade, PDT, Cidadania e PSol. O STF condenou Silveira em abril de 2022 por estímulo a atos extremistas e ataques a autoridades e instituições. A pena imposta era de oito anos e nove meses de prisão. Um dia após o julgamento, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) concedeu um indulto individual que perdoou a pena.