SP: ao menos 20 militares respondem a processo por furto de armas
Rogério machado
SP: ao menos 20 militares respondem a processo por furto de armas
Punições podem ocorrer nas esferas administrativa e criminal
Pelo menos 20 militares respondem a processos disciplinares por conta do furto de 21 armas do Arsenal de Guerra do Exército, em Barueri (SP), informou o Comando Militar do Sudeste.
Cerca de 40 seguem sem poder deixar o quartel e devem continuar de prontidão para prestar informações sobre o caso. As informações foram divulgadas em entrevista coletiva neste domingo.
“Todos os militares que concorreram para esse episódio inaceitável serão punidos disciplinarmente. Temos diversos militares do quartel que, por negligência, deixaram de agir na gerência, controle e fiscalização do material.
Esse pessoal está sendo julgado administrativamente e pode ser preso administrativamente”, disse o chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Sudeste, Maurício Vieira Gama.
Respondem ao processo administrativo aqueles que foram negligentes no trabalho. O processo está na fase de defesa desses militares. Depois dessa etapa, eles serão julgados e poderão ser presos disciplinarmente por até 30 dias. Segundo Gama, entre os militares investigados há oficiais, sargentos, cabos e soldados.
Além da esfera administrativa, militares envolvidos no caso responderão a processos na esfera criminal, que serão julgados pela Justiça Militar em até 40 dias – prazo que pode ser prorrogado por mais 20. Gama não deu detalhes sobre os militares que deverão responder a esse tipo de processo.
Do total, dos 21 armamentos de guerra que foram furtados, 17 foram recuperados, e as forças de segurança seguem buscando os outros quatro. Oito foram recuperadas no Rio de Janeiro, no último dia 19, e, nove, nesse sábado, em São Roque (SP).
Gama ressaltou que o processo de controle desses armamentos, levados ao local para passar por uma manutenção, é eficiente e que certamente houve participação de militares na subtração.