Secretaria da Fazenda garante que segue valendo decreto do governador, que estabelece redução de 40%
O compromisso do governo de priorizar salários pode afetar não apenas os fornecedores, que seguem com os pagamentos atrasados, mas também o próprio funcionalismo público. O alerta chega da área da Segurança Pública, através da Associação de Cabos e Soldados da Brigada Militar, que mantém preocupação com a retomada do corte de horas extras.
O presidente da entidade adverte que, além da redução salarial, o principal prejuízo, sem as horas adicionais, recai sobre a sociedade. Para Leonel Lucas, o déficit histórico de pessoal na Brigada Militar soma, atualmente, 17 mil policiais e a cedência de horas extras ainda consegue fazer com que o efetivo dos batalhões dobre ou triplique.
“Generalizadamente, a sociedade está insegura. O que existe de fato é uma onda de violência e sem nomeações ou a realização de concursos público. Só o pagamento de extras supera o problema da falta de efetivo. Com elas, os comandantes dos batalhões podem dobrar as escalas e o contingente pode duplicar ou até triplicar ao longo do dia”, explicou.
“Nós soubemos que internamente a Fazenda mandou apertar ainda mais o cinto. Não vamos cansar de alertar o governo que não se pode fazer economia com a segurança da população”, enfatizou.
A assessoria de imprensa da Secretaria da Fazenda esclarece que segue valendo o decreto do governador. A medida, que já chegou a ser renovada, estabelece corte de 40% das horas extras de todas as áreas do serviço público, inclusive da Segurança, Saúde e Educação. Outro comunicado da Fazenda é de que não é a Secretaria que controla as horas extras de PMs e, sim, os comandos da Brigada Militar