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Confira novas informações sobre o caso da morte da mãe do menino Bernardo

   Investigação será prorrogada pela terceira vez/Foto: Reprodução

O delegado Marcelo Lech, que conduz a nova apuração sobre a morte de Odilaine Uglione, mãe do menino Bernardo, vai pedir pela terceira vez a prorrogação da investigação. 

O inquérito foi reaberto no dia 21 de maio e busca esclarecer se o caso foi suicídio ou assassinato. 

A motivação para novas diligências foi o laudo pericial particular realizado em bilhete deixado por Odilaine em que ela declarava que iria cometer suicídio, apontado como falso.

Após ser apontada por perícia particular como quem teria escrito a carta de suicídio atribuída a Odilaine, a ex-secretária do médico Leandro Boldrini, Andressa Wagner, registrou ocorrência por calúnia em Três Passos e quis que a Polícia Civil esclarecesse o caso.

Andressa forneceu material escrito para ser comparado com a carta que foi encontrada na bolsa de Odilaine no dia em que ela morreu, em 2010.

No dia 11 de agosto, o corpo de Odilaine foi exumado em Santa Maria e levado para ser periciado em Porto Alegre.

 O advogado da família de Odilaine explicou que a exumação é necessária para esclarecer as contradições criadas. 

Dentre as principais discrepâncias, o advogado cita as diferenças de laudo. Quando ela deu entrada no hospital, boletim médico informou que Odilaine teria uma perfuração, ocasionada por projétil de arma de fogo, no ouvido esquerdo. 

Mais tarde, um médico legista atestou que ela apresentava perfuração em área conhecida como palatino, logo atrás da cavidade nasal, feita de baixo para cima. 

Esta contradição, bem como a análise da trajetória da bala, podem determinar em que ângulo o disparo foi dado e de que forma ocorreu.

Além da perícia no corpo da mãe de Bernardo e na suposta carta de suicídio, será feita também a reconstituição do crime no consultório de Boldrini, em Três Passos, com as pessoas que lá estavam no dia do fato, inclusive o médico e a ex-secretária.

O Caso Odilaine

Conforme a polícia, Odilaine teria cometido suicídio dentro do consultório do pai de Bernardo, Leandro Boldrini, no dia 10 de fevereiro de 2010, em Três Passos. 

No inquérito policial, consta que ela comprou um revólver calibre 38 pouco antes de ir à clínica. 

Além disso, também há o registro de um bilhete em que a secretária do médico, Andressa Wagner, entregaria ao patrão, alertando sobre a chegada de Odilaine. 

O processo conta com depoimentos de testemunhas que estavam na sala de espera no dia da morte e com documentos referentes a uma possível divisão da pensão a ser paga após o processo de separação do casal.

Já a defesa da família Uglione alega que houve falhas na investigação da morte da mãe de Bernardo, entre as principais, estão divergências quanto ao exato local da lesão no crânio de Odilaine; existência de lesões no antebraço direito e lábio inferior da vítima; lesões em Leandro Boldrini; vestígios de pólvora na mão esquerda da vítima, que era destra; ausência de exame pericial em Boldrini, uma carta fraudada supostamente deixada pela mãe de Bernardo e a própria morte do garoto, que configuraria um fato novo.

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Fonte: Três Passos News