Presidente foi considerado inocente nas duas acusações, abuso de poder e obstrução do Congresso
Eram necessários dois terços do total para que o magnata deixasse a presidência, ou seja, 67 votos. Para Trump, o veredito permite que ele declare vitória quando se volta para uma proposta de reeleição. Mas, diferente de qualquer presidente da história moderna, ele enfrentará o estigma de ter sido impugnado pela Câmara – um movimento com consequência política desconhecida.
O deputado Adam B. Schiff, o principal gerente de impeachment da Câmara e que apresentou o caso ao Senado, disse que os democratas permanecerão “vigilantes” na supervisão do presidente. “Existe o risco de ele se tornar ainda mais ilimitado”, comentara em entrevista ao Los Angeles Times antes da votação. “Conseguimos expor sua má conduta e interromper a trama, mas sua trama continua e teremos que estar vigilantes”.
Momentos antes do início da votação, o senador republicano por Utah Mitt Romney disse que votaria pela condenação. “O presidente é culpado de um abuso chocante da confiança pública”, afirmara o ex-candidato à Presidência em 2012 em um discurso no Senado. “Corromper uma eleição para se manter no poder talvez seja a violação mais abusiva e destrutiva do juramento ao cargo de alguém que eu possa imaginar”, acrescentou na oportunidade.
Os democratas queriam o impeachment de Trump por ele tentar forçar a Ucrânia a investigar seu possível oponente presidencial Joe Biden, com ameaças de bloqueio de 391 milhões de dóláres da ajuda militar crucial para este país em guerra, além de acusá-lo de tentar impedir a investigação do Congresso após essa denúncia. Embora o encerramento do julgamento político não signifique o fim das investigações dos democratas contra o presidente, dá a Trump impulso em sua corrida pela reeleição, após um tumultuado primeiro mandato.
Correio do Povo