Ele deixará o comando do Ministério da Justiça e Segurança Pública para assumir a vaga aberta com a aposentadoria de Rosa Weber
O plenário do Senado aprovou, na noite desta quarta-feira (13), com 47 votos favoráveis, 31 contrários e 2 abstenções, Flávio Dino para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Dino foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o posto em novembro.
Ele assumirá a vaga aberta com a aposentadoria de Rosa Weber. Ainda não há definição de quem substituirá o jurista no comando do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Dino usou a sabatina na CCJ, mais cedo, para defender sua experiência não só jurídica, mas política, para ocupar uma das cadeiras do Supremo. Ele foi aprovado na comissão por 17 votos a 10. O indicado criticou decisões monocráticas em julgamentos que declarem leis inconstitucionais, tema debatido no Senado em uma proposta de emenda à Constituição que conta com amplo apoio dos parlamentares.
“Se a lei é aprovada neste Parlamento, de forma colegiada, o desfazimento, salvo em situações excepcionalíssimas, não pode se dar por decisões monocráticas”, disse. Ele também afirmou que atuará para que o Judiciário não enfraqueça a legalidade de atos administrativos. “Fui gestor, e por isso considero que essa experiência ilumina o cumprimento dessa segunda presunção.”
No relatório apresentado à CCJ sobre a indicação de Dino, o senador Weverton Rocha (PDT-MA) destacou o currículo de Dino em cargos públicos. “Trata-se de uma figura reconhecida e admirada nos mundos jurídico e político.
Ex-professor de duas universidades federais (UFMA e UnB), mestre em direito, ex-juiz, senador, ministro de Estado, ex-governador, alguém que teve experiências exitosas no exercício de funções dos três poderes da República”, justificou o parlamentar.
O futuro ministro do STF foi juiz federal (1994–2006), deputado federal (2007–2011), presidente da Embratur (2011–2014) e governador do Maranhão (2014–2022) e, atualmente, é ministro da Justiça e Segurança Pública e senador licenciado.