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Semana decisiva do processo de impeachment começa com manifestação de Dilma

A segunda-feira dá a largada para a semana decisiva do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. É grande a expectativa sobre a manifestação de Dilma no Senado, em sessão marcada para iniciar às 9h desta segunda. Sua presença para se defender pessoalmente vem ganhando mais destaque do que a própria votação. Porque, na verdade, apesar das especulações sobre as expressões que ela deve usar ou sobre se de alguma forma constrangerá aliados que “trocaram de lado”, não há certezas sobre o que Dilma vai dizer.

Sua fala tem sido apontada como o momento “mais imprevisível” do processo. O que há de certo é que apostará em uma manifestação emotiva e que evidencie características como coragem e honra. Só o fato de decidir ir pessoalmente ao plenário do Senado já deixou isso claro. Há entre parte dos senadores expectativas sobre se o tom do interrogatório pode ser ainda mais tenso do que aquele observado no decorrer da semana durante a oitiva de testemunhas, quando uma série de discussões e a necessidade de interrupções marcaram o processo.

O advogado de Dilma, José Eduardo Cardozo, deixou margem a interpretações ao afirmar que ela adotará uma postura de “chefe de Estado que comparece a um outro poder, no momento em que é acusada injustamente”. De acordo com Cardozo, pode-se esperar “um discurso à altura do momento, sem abdicar de demonstrar a todos as consequências dessa decisão e a profunda injustiça com a democracia brasileira de uma eventual consumação do impeachment.”

Na quarta-feira passada, no último ato público antes do início do julgamento, Dilma disse que vai se defender para que “o golpe nunca mais aconteça” e criticou as medidas do governo interino, como a PEC 241. A petista cancelou a reunião que teria com senadores aliados, mas manteve o jantar com Lula, ex-ministros e integrantes de movimentos sociais, em Brasília.

Correio do Povo