Se non è vero è bene trovato
“Finger food” e o prazer de comer com as mãos
“Finger food” é um modo chique e moderno de dizer comer com as mãos.
Um hábito que hoje em dia está sendo resgatado pela elite da culinária mundial e não por nada estão surgindo alguns restaurantes com esta proposta pseudo moderna.
Para minha família e creio que para muitas famílias descendentes de italianos isso não só é antigo , como é um modo de vida.
Comer com as mãos mexe com os nossos mais primitivos instintos e o prazer que nos dá é quase um orgasmo gastronômico.
Atacar uma costela gorda, uma costelinha de porco ou ovelha , uma asinha de galinha segurando com as mãos, rapando bem o osso e depois lamber os dedos é algo grotescamente prazeroso, nem sempre compreendido pelos mais frescos ou pessoas de fino trato , criadas dentro das etiquetas como diria minha mãe.
Não é o meu caso.
Eu me sinto como um Obelix, o personagem guloso de Asterix e seria plenamente feliz atacando um javali só com as mãos.
Aliás, esse é um sonho meu.
Comer o tal javali em um castelo medieval, em uma mesa imensa, selvagemente desarticulando cada pedaço em uma orgia sensorial e gustativa.
Hum! Só de pensar fico com água na boca.
Alguém pode pensar: levamos milhares de anos para desenvolver e aprender a usar os diversos tipos de talheres e agora vem essa louca nos dizer que devemos voltar ao tempo do homem das cavernas.
Talvez, teria seu encanto!
Mas não, só não me prendo a frescuras.
Os prazeres sensoriais nos remetem ao que há de mais antigo no ser humano e não devem ser desprezados.
Comer com as mãos usa quatro de nossos sentidos: tato, paladar, olfato e visão e por isso é tão prazeroso.
Experimentem.
Viviane M Foresti
