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Rússia ataca alvos na Síria com mísseis de submarino atômico

Presidente Vladimir Putin salientou capacidade do arsenal para empregar ogivas nucleares

                                     Foto: Kirill Kudryavtsev / AFP / CP
O ministro russo da Defesa, Serguei Choigou, anunciou nesta terça-feira que a Marinha russa atacou alvos na Síria com mísseis de cruzeiro lançados, pela primeira vez, por um submarino no Mediterrâneo. “Utilizamos mísseis de cruzeiro Calibre do submarino ‘Rostov-on-Don’ no mar Mediterrâneo” contra “dois bastiões terroristas” próximos à Raqa, capital de fato do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), informou Choigou ao presidente Vladimir Putin.

“Como resultado do sucesso dos ataques da aviação e do submarino todos os alvos foram destruídos”, assinalou Choigou, salientando que os mísseis atingiram infraestruturas de petróleo, depósitos de munições e uma fábrica de minas.

A agência Interfax já havia informado a aproximação de um submarino russo da costa síria para disparar mísseis de cruzeiro, como parte da intervenção iniciada no dia 30 de junho para ajudar o regime de Bashar al Assad contra o EI e outras organizações rebeldes.

O presidente Putin disse nesta terça-feira que os mísseis Calibre lançados de submarino podem ser equipados com ogivas nucleares, acrescentando que espera que “jamais seja necessário utilizá-las na luta contra o terrorismo”. O ministro acrescentou que os aviões russos já realizaram 600 saídas e destruíram “300 alvos, de diversos tipos”, nos últimos três dias.

Choigou assinalou que Moscou avisou a Israel e aos Estados Unidos, que também realizam operações militares na Síria, sobre os ataques lançados a partir deste submarino. Em Washington, o porta-voz do Pentágono Peter Cook confirmou que a Rússia informou à coalizão sobre o ataque, para evitar incidentes aéreos. “Apreciamos isto”, especialmente porque o Kremlin não é obrigado, afirmou Cook, acrescentando que a advertência foi uma “medida de segurança adicional adotada pela Rússia”. Com este novo ataque, Moscou reforça a ampla gama de opções que tem disponível para intervir na Síria. 
Correio do Povo