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Rússia ameaça atacar “centros” de comando em Kiev

Porta-voz do ministério russo da Defesa denunciou tentativas de sabotagem e bombardeios das forças ucranianas

O Exército russo ameaçou nesta quarta-feira (13) atacar centros de comando na capital ucraniana, Kiev, se as tropas ucranianas continuarem atacando o território russo.

“Vemos tentativas de sabotagem e bombardeios das forças ucranianas contra posições no território da Federação da Rússia”, disse o porta-voz do ministério russo da Defesa, Igor Konashenkov.

“Se esses fatos continuarem, o Exército russo atacará centros de tomada de decisões, também em Kiev”, acrescentou.

As forças russas se retiraram da região de Kiev no fim de março. Durante um mês, elas tentaram cercar a capital e a bombardearam. Entre os armamentos que a Rússia possui, estão os mísseis hipersônicos, que são impossíveis de interceptar durante o voo devido à sua velocidade, e Moscou afirma que já os utilizou na Ucrânia.

O porta-voz do Ministério da Defesa russo também anunciou nesta quarta-feira que a região do porto de Mariupol, uma cidade estratégica do sudeste da Ucrânia, havia sido conquistada. Na última segunda-feira, o líder dos separatistas pró-Rússia de Donetsk, que lutam ao lado do Exército russo em Mariupol, fez o mesmo anúncio.

“Os remanescentes das unidades ucranianas e dos nazistas [do batalhão] Azov presentes na cidade estão bloqueados e privados da possibilidade de sair do cerco”, disse hoje Konashenkov. O porta-voz também assegurou que Moscou havia destruído 36 alvos militares ucranianos durante ataques nas últimas 24 horas.

Mariupol

Hoje, o ministério russo da Defesa disse também que mais de 1.000 soldados ucranianos se renderam na cidade de Mariupol, cercada há várias semanas. De acordo com a nota, 150 deles estavam feridos e foram levados para um hospital de Mariupol.

Na madrugada de quarta-feira, uma reportagem do canal público Russia 24 já havia anunciado a rendição de mais de 1.000 soldados nesta localidade. As imagens mostram homens com roupas camufladas transportando feridos em macas ou interrogados, de pé, no que parecia ser uma caverna.

Na terça-feira, as autoridades regionais do sudeste da Ucrânia afirmaram que pelo menos 20.000 pessoas morreram em Mariupol, bombardeada há mais de 40 dias. Os combates se concentram agora na gigantesca zona industrial da cidade.

Correio do Povo