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RS volta à rota dos temporais em meio a reconstrução após enchentes

RS volta à rota dos temporais em meio a reconstrução após enchentes

Alerta abrange Campanha, Sul e Oeste

Foto: Fabian Ribeiro Leal / Especial CP
O Rio Grande do Sul voltou para a rota de temporais, na noite desta segunda-feira. Depois de um dia bastante abafado em grande parte do território gaúcho, o avanço de uma linha de instabilidade que passou pelo Uruguai provoca chuva, intensas descargas elétricas, queda de granizo e vendavais localizados na Campanha, Sul e Oeste.
As rajadas alcançaram 79 km/h em Bagé, 78 km/h em Dom Pedrito, 72 km/h em Uruguaiana e 70 km/h em Quaraí e Santana do Livramento. A força dos ventos chegou a derrubar um letreiro de grande porte de um supermercado em Uruguaiana. Contudo, ninguém ficou ferido.
Em Pedro Osório, foram cerca de 64 mm de chuva até às 21h desta segunda-feira e 60 mm em Jaguarão, 53 mm em Rio Grande e 45 mm em Arroio Grande.
“Pela manhã estaremos preparando, preventivamente, o Ginásio Esportivo da Escola Nilza Corrêa Pereira, para eventuais desabrigados”, explicou o prefeito.
Em Jaguarão, foram registrados dois momentos de chuva intensa ao longo da segunda-feira que causaram alagamentos de forma pontual – o primeiro por volta das 16h e o segundo às 18h. Devido à previsão de novos temporais para os próximos dias, a prefeitura suspendeu as aulas na rede municipal e as atividades no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) nesta terça e quarta-feira.
Os serviços de saúde que requerem deslocamentos somente serão realizados em casos de urgência e emergência. Equipes da prefeitura, Defesa Civil e do Exército entraram em prontidão para atender a população ribeirinha. Pela medição realizada na manhã desta segunda-feira o rio Jaguarão subia a 1,7m acima do leito. Em função do vento algumas casas foram destelhadas no bairro Bela Vista.
A cidade de Rio Grande também registrou alagamentos no início da noite. Locais como o Parque Marinha e a praia do Cassino apresentaram acúmulo de água. Lonas foram distribuídas nos bairros Nossa Senhora de Fátima e Navegantes.
Segundo o coordenador da Defesa Civil, Sérgio Weber, 40 pessoas seguem no Salão Paroquial da Vila da Quinta. Segundo ele, a doação de material de limpeza, higiene e roupas infantis ainda se mostra necessária. Os itens podem ser entregues na prefeitura ou na Defesa Civil da cidade (rua Barroso, 166). Nesta noite, o Porto do Rio Grande seguia em condição praticável. Já a Universidade Federal do Rio Grande (Furg) suspendeu atividades em todos os campi entre amanhã e quarta. As atividades serão reprogramadas, sem prejuízo do calendário acadêmico. Todos os serviços do Grupo de Vigilância e os demais, considerados essenciais e intransferíveis, foram excluídos da portaria.
Em Pelotas, onde também as aulas da rede municipal foram suspensas, a chuva mais forte, com descargas elétricas, também começou à noite. A Assistência Social do município permanece de plantão.
Mesmo antes das chuvas, os rios na Fronteira Oeste permaneciam com níveis elevados, com o ribeirinhos temerosos com o anúncio de novas chuvas durante a semana.

Em Alegrete, o Ibirapuitã media 10,56m, além da cota de inundação, de 9,70 m. No pico atingiu 11,14m. Seguem desabrigadas 23 famílias e 56 desalojadas, somando 225 pessoas, incluindo crianças.

Em São Borja, o Uruguai atingiu 10,58m. A área do Cais do Porto está alagada. Até agora, 20 famílias (59 pessoas) foram removidas. Em Itaqui, o rio Uruguai media 8,97 m (crescendo em média de 1 cm/hora) e soma um pouco mais de meio metro além da cota de inundação, que é de 8,30 m. Já em Uruguaiana, o rio passou a medir 8,81 m acima do nível normal, com 11 famílias afetadas.

Fonte Correio do Povo