Oposição alegou que o presidente cometeu crime contra as instituições democráticas ao apontar fraude no pleito de 2018
A ministra Rosa Weber vai relatar a ação apresentada, nessa terça-feira, ao Supremo Tribunal Federal (STF), contra as declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre o sistema eletrônico de votação, em reunião com embaixadores, no início da semana
A magistrada, que teve o nome sorteado para a função, vai analisar se o chefe do Executivo cometeu crime ao alegar fraude nas urnas eletrônicas sem apresentar comprovação.
A ação que tramita no Supremo, assinada por nove parlamentares da oposição, alega que as afirmações do presidente representaram “crime contra as instituições democráticas, crime de responsabilidade e crime eleitoral”, assim como “propaganda eleitoral antecipada e ato de improbidade administrativa”.
O presidente alegou que ocorreram falhas nas eleições de 2018, nas quais ele venceu em segundo turno.
De acordo com a oposição, Bolsonaro convocou uma reunião para fazer mais um “despropositado e absolutamente infundado ataque ao sistema eletrônico de votação adotado no país desde o ano de 1996, sem nenhum indício, mínimo que seja, de mácula no resultado das eleições”.
Rosa Weber deve encaminhar a ação à Procuradoria-Geral da República (PGE, a fim de que o órgão emita um parecer, antes de decidir sobre o andamento do caso.