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Remoção de baleia jubarte será terminada nesta segunda-feira, em Tramandaí

Biólogos ainda vão analisar causas para animal de grande porte encalhar na costa

Causas para morte do animal ainda não são conhecidas | Foto: Alina Souza / CP

A remoção completa da baleia da espécie jubarte, que encalhou e morreu entre as praias de Oásis e Jardim do Éden, na zona sul de Tramandaí no começo da noite de sábado, ocorrerá na segunda-feira. O incidente atiçou a curiosidade dos frequentadores do local e foi um ingrediente a mais na tumultuada manhã de ontem, quando uma equipe da Prefeitura foi remover corpo do animal, que já teria encalhado morto, segundo informação do Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (Ceclimar/Ufrgs).

O trabalho de remoção para a areia começou pouco antes das 10h e foi interrompido às 13h. Nesta segunda-feira, antes das 7h, profissionais do Ceclimar irão fazer coleta e análise do animal encalhado e, em seguida, máquinas vão terminar o trabalho, enterrando a carcaça.

De acordo com o biólogo Maurício Tavares, do Ceclimar/Ufrgs, a baleia jubarte não é incomum em nosso litoral. “Elas se reproduzem em Abrolhos, na Bahia, e fazem o trajeto entre o arquipélago e extremo sul do continente em uma linha mais afastada da costa, diferentemente de outra espécie mais conhecida, que é a baleia franca, que se aproxima mais”, explica. Tavares afirma que só uma análise no local vai determinar a causa da morte. “Vamos verificar se o animal tem marcas de colisão com navio. Mas pode também ter morrido por outro motivo”, avalia.

O animal que encalhou não foi medido, mas pode ter entre 5 e 8 metros de comprimento. O biólogo disse que foi avisado da aproximação do corpo pelos Guarda-Vidas. Eles avistaram a carcaça boiando na guarita 164 e 167 e esta acabou encalhando entre as de número 169 e 170. “Estimamos entre 10 e 11 toneladas o seu peso. Tivemos dificuldades com a máquina e as cordas. Mas vamos terminar o serviço com uma segunda máquina no começo da manhã desta segunda-feira”, projetou o secretário municipal da Zona Sul de Tramandaí, Adan D’Ávila.

Uma retroescavadeira rebocou o bicho da beira da água em direção à areia. Durante a operação, guarda-vidas e a Brigada Militar afastaram os banhistas e isolaram a área, a fim de evitar acidentes, como o desprendimento de alguma parte da baleia ou o rompimento de cordas.

Publicado por

Lucas Rivas