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Raquel Dodge garante “apoio institucional” à Lava Jato em reunião

Sede da PGR teve reunião com Deltan Dallagnol e outros sete investigadores

Foto: Marcelo Camargo / ABr / Divulgação CP

Procuradora busca ser indicada para permanecer no cargo por Bolsonaro

Depois da divulgação de supostas mensagens de integrantes da Lava Jato, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse nesta terça-feira em reunião com oito procuradores da força-tarefa de Curitiba que a operação tem apoio “institucional e administrativo” da Procuradoria Geral da República (PGR). A conversa durou cerca de três horas e ocorreu a portas fechadas.

Dodge se reuniu com o coordenador da força tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, e outros sete investigadores da operação na sede da PGR em Brasília. É o primeiro gesto de Dodge em defesa da operação desde o início das divulgações das reportagens do site The Intercept Brasil.

Apesar do afago institucional, que será feito em nota oficial da PGR, Dodge não fez declarações públicas sobre o caso. Tanto a procuradora-geral quanto os membros da Lava Jato não falaram com a imprensa.

A reunião já estava sendo articulada há semanas e não tem relação com nenhum conteúdo específico divulgado na imprensa recentemente. Nos bastidores, procuradores cobram uma defesa pública mais enfática da Procuradoria diante de ataques ao Ministério Público Federal. A sinalização de Dodge ocorre em um momento em que ela tenta ser reconduzida ao cargo pelo presidente Jair Bolsonaro, apesar de não estar na lista tríplice para comandar a Procuradoria.

As conversas, divulgadas pelo site The Intercept Brasil, mostram suspeita de conluio entre a equipe de procuradores e o ex-juiz da Lava Jato e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro. Os citados têm negado irregularidades e afirmam não ser possível garantir que as mensagens, trocadas por meio do aplicativo Telegram, sejam autênticas.

Estadão Conteúdo