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Protesto queima boneco de Cunha em frente ao Congresso Nacional

Manifestação terminou com três pessoas detidas

                Foto: Valter Campanato / Agência Brasil / CP
Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) realizaram na tarde deste domingo, em Brasília, protesto contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Cerca de 200 pessoas, de acordo com o movimento, partiram do terminal rodoviário da capital federal e caminharam pelo Eixo Monumental até o gramado em frente ao Congresso Nacional. No local, incendiaram um boneco do peemedebista feito por eles. Diferente do último protesto, a manifestação do MTST deste domingo é pacífica. 



Cunha é alvo de representação no Conselho de Ética da Câmara por quebra de decoro parlamentar. Ele é acusado de mentir na CPI da Petrobras, ao dizer que não tinha contas secretas na Suíça. Contudo, documentos do Ministério Público suíço, confirmam que ele e sua esposa, a jornalista Cláudia Cruz, possuem contas bancárias, por meio das quais teriam recebido dinheiro de propina. Cunha também é investigado por ter patrimônio não declarado no exterior.

Protesto termina com 3 integrantes detidos 



O protesto acabou com três integrantes do movimento detidos neste domingo, em Brasília. Segundo a Polícia Civil, um integrante de 15 anos do MTST agrediu outro membro do movimento de 19 anos durante uma discussão. O pai do adolescente se meteu na briga e também acabou detido. Eles foram levados para a delegacia, mas foram liberados após retirarem a denúncia.

Apesar do incidente interno, desta vez integrantes do MTST não entraram em confronto com membros do Movimento Brasil Livre (MBL) que estão acampados no gramado do Congresso desde a semana retrasada, pedindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff. No último dia 28 de outubro, quando o protestavam contra a aprovação do projeto que tipifica o crime de terrorismo, houve bate-boca e empurra-empurra entre integrantes dos dois movimentos.

Churrasco

Pela manhã, integrantes do Movimento Brasil Livre fizeram um churrasco no acampamento montado em frente ao Congresso. Eles assaram picanha e costela em churrasqueira montada no próprio gramado. Alguns manifestantes tentaram impedir o registro do churrasco por repórteres fotográficos e chegaram a hostilizar jornalistas.

Apesar de autorizado pelo presidente da Câmara, o protesto do MBL fere ato do Congresso de 2001 que proíbe a montagem de tendas no gramado da Casa. Pela assessoria de imprensa, Cunha disse que autorizou o protesto como “autorizaria qualquer outro movimento que não esteja sob riscos de segurança, nem coloquem em risco as pessoas que circulam pelo local, respeite o patrimônio público, as normas de trânsito e não tenha natureza hostil”.

Correio do Povo