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Projeto das novas regras fiscais pode ser votado na próxima terça, avisa Lira

Projeto das novas regras fiscais pode ser votado na próxima terça, avisa Lira

Presidente da Câmara disse ser preciso resolver até o dia 22 o impasse sobre a alteração do prazo do cálculo do IPCA

Foto: Marina Ramos / Câmara dos Deputados
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que o projeto das novas regras fiscais pode ser votado pelos parlamentares na próxima terça-feira, caso o único entrave relacionado ao texto seja resolvido até essa data.
Segundo Lira, ainda não há consenso entre os líderes sobre alterar o prazo do cálculo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Para tentar resolver o impasse, uma reunião com líderes da Câmara e representantes técnicos do governo vai ser marcada.
Lira disse também que a Câmara está dentro do prazo de análise da proposta. “O Senado fez mudanças sérias, e estão cobrando da Câmara algo que está no prazo dela. Tivemos um atropelo ontem [segunda, 14], mas vamos resolver na próxima semana”, afirmou.
Lira se referia a uma declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em uma entrevista, o chefe da pasta afirmou que a Câmara está com “um poder muito grande” e não pode usá-lo para “humilhar” o Senado nem o Executivo. A fala repercutiu mal entre os parlamentares.
O relator também retirou do limite de gastos o Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) e o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). O FCDF é uma verba que o governo federal repassa para o DF para ajudar no custeio da Segurança Pública, da Saúde e da Educação da capital.

PL das Fake News

Tinha votação prevista para esta terça o pedido de urgência do PL 2370/2019, que obriga empresas e plataformas digitais, inclusive as big techs, a pagarem pelo uso de conteúdos jornalísticos – texto que reúne regras sobre o Marco Civil da Internet e da Lei do Direito Autoral.Originalmente, esses pontos faziam parte do PL das Fake News. Para tentar sanar os entraves e acelerar a votação das novas regras, os deputados resolveram fatiar o texto inicial e separar a parte econômica do restante.A análise do mérito da proposta também era esperada para hoje, mas a queda de braço entre artistas e radiodifusores adiou mais uma vez a discussão. Deputados afirmaram ao R7 que a proposta “subiu no telhado”, expressão usada para dizer que algo tinha sido planejado, no entanto, não deu certo.Arthur Lira garantiu que o assunto não entra na pauta pelo menos até a próxima semana. “Lamento muito que o acordo tenha retroagido.

Só voto essa matéria com acordo.

Temos um adversário comum no plenário, os dois setores que são importantíssimos, o setor todo do jornalismo, que merece sua remuneração pelas big techs, e a garantia de uma nova negociação de direitos autorais com toda essa novidade digital que existe no mundo, mas o texto precisa ser acordado entre essas duas partes”, justificou.

FONTE R7