Categoria aprovou a medida como forma de pressionar os deputados a votar contra o pacote do governo
Professores estaduais entram em greve a partir da próxima terça-feira | Foto: Guilherme Testa
Os professores estaduais aprovaram greve contra o pacote de medidas para combater a crise financeira do Rio Grande do Sul anunciado pelo governador José Ivo Sartori. A paralisação começa na próxima terça-feira, dia 13 de dezembro, e deve se estender até a votação dos projetos na Assembleia Legislativa. A decisão foi tomada na tarde desta quinta-feira em assembleia realizada pelo Cpers em Porto Alegre. A greve já havia sido aprovada pelo conselho do sindicato na quarta-feira, mas foi levada para votação junto aos 42 núcleos que estiveram reunidos na Praça da Matriz.
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A mobilização deve alterar novamente o calendário escolar, que já foi modificado pelas outras paralisações realizadas ao longo deste ano. A mais longa durou 54 dias. Segundo Helenir, os alunos correm o risco de ter que recuperar as aulas em janeiro ou até em março. A data ainda não foi definida. Os estudantes podem também não receber as notas desse ano letivo. “Se ele (Sartori) não quiser que a gente entre em greve, que retire o pacote. Estamos novamente sendo jogados para uma greve”, afirmou.
O governo do Estado, através da Secretaria Estadual de Educação, divulgou uma nota no final da tarde que avalia a greve como uma medida “equivocada e inoportuna”, já que o ano letivo se encerra no dia 23 deste mês. O texto ainda explica que o conjunto de medidas do pacote busca reverter, no médio e longo prazo, o cenário de déficits sucessivos dos últimos 40 anos e, por fim, diz acreditar que os professores estaduais encerrarão o ano letivo na data prevista, em respeito aos alunos e à comunidade escolar.
Além da greve, outras cinco propostas de mobilização também foram aprovadas na assembleia. Um ato estadual unificado, com servidores do Estado e comunidade escolar, foi marcado para o dia 13. Também serão realizados atos regionalizados de pressão aos deputados em conjunto com os servidores e a Praça da Matriz será ocupada.
Correio do Povo