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Produtores começam a acelerar plantio da soja no Rio Grande do Sul

Semeadura precoce foi prejudicada pela chuva, mas cultivo da maior parte da lavoura será em novembro

Produtores começam a acelerar plantio da soja no Rio Grande do Sul | Foto: Luiz Magnante / Embrapa / Divulgação / CP

Após a sequência de chuvas ter prejudicado o acesso às lavouras nos últimos dias, o plantio da soja deve se intensificar a partir desta semana no Rio Grande do Sul. Os atrasos ainda são pontuais, já que o grande volume de implantação ocorre em novembro. Mas os produtores que queriam iniciar a tarefa na semana passada tiveram de aguardar a redução da umidade para colocar as máquinas na lavoura.

Segundo o presidente da Aprosoja/RS, Luis Fernando Marasca Fucks, ontem o clima foi favorável, com ventos que poderão ajudar a “enxugar” a terra, o que deve permitir que muitos produtores comecem o plantio hoje. Conforme o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), a semeadura da soja vai até 20 de dezembro no Estado.

Na largada para a safra 2017/2018, o preço pago pela oleaginosa — hoje cotada a R$ 62 a saca — é o que mais preocupa o produtor. Conforme Fucks, o cenário deixa o sojicultor cauteloso. “É uma safra de preços muito injustos em relação ao custo. Há a possibilidade de haver uma melhora em função da demanda, mas no momento o produtor está muito contido nos seus gastos”, explica. A consequência, segundo o dirigente, será a redução da tecnologia aplicada na lavoura. Um fator extra de preocupação é o fraco desempenho das lavouras de trigo desta safra.

Alencar Rugeri, assistente técnico estadual da Emater, alerta para o fato de que alguns produtos utilizados no controle de pragas e doenças estão perdendo a eficiência. “O produtor tem que estar muito atento aos tipos de pragas e de doenças na lavoura para adotar a melhor estratégia”, recomenda. Apesar dos obstáculos, Rugeri acredita que o Estado colherá uma boa safra e que o agricultor não irá reduzir o uso de tecnologia. “Não vai haver nenhum reflexo aparente da diminuição do preço recebido pelo produtor”, observa.

Correio do Povo