Cláudio Lamachia comentou, em Porto Alegre, decisão do STF que afastou o peemedebista
O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, endossou a decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que afastou o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira. Lamachia avaliou que o parlamentar utilizou prerrogativa do cargo para atrapalhar as investigações contra ele no legislativo, e classificou o peemedebista como o pior presidente da história da Câmara.
“Eu acho que ele seguramente está entre os piores, se não é efetivamente o pior. Por por tudo que ele tem representado e por tudo que ele tem feito. Seguramente, a figura de Eduardo Cunha não expira política”, dispara.
Em entrevista coletiva na OAB gaúcha, em Porto Alegre, Claudio Lamachia frisou que a Ordem já havia pedido o afastamento de Cunha, em 16 de fevereiro. Sobre a demora do STF em julgar o deputado, o dirigente entende que o processo correu dentro do prazo, ainda que sem a celeridade devida. Lamachia evitou, porém, relacionar a permanência de Cunha ao andamento do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, que chega ao plenário do Senado, na próxima semana. “Não posso falar sobre uma avaliação hipotética”, disse.
Para Lamachia, o afastamento de Cunha recupera a altivez da Câmara. O presidente da OAB fala, porém, que a confirmação de Waldir Maranhão (PP-MA) para a presidência da Casa retrata que o “Brasil está na UTI”, uma vez que o progressista também é investigado por corrupção, em meio à operação Lava Jato.
O presidente da OAB nacional reforçou, também, que o panorama político atual reflete o comportamento da sociedade. Para isso, Lamachia adverte que os eleitores devem redobrar as atenções durante o pleito. A fim de ampliar a conscientização, ele salienta que a Ordem dos Advogados do Brasil vai lançar uma campanha nacional, em até 30 dias.
Radio Guaiba