Líder do partido, Ciro Nogueira, tem sido pressionado pela oposição a desembarcar da gestão Dilma
Foto: José Cruz / ABr / CP
A divulgação dos votos pró-impeachment de lideranças do PR e do PSD nessa segunda-feira na Câmara dos Deputados, levaram a cúpula do PP a reavaliar o apoio à presidente Dilma Rousseff. O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), avaliou a aliados como “muito grave” a decisão do deputado Maurício Quintella (AL) de deixar a liderança do PR para votar a favor do impeachment de Dilma na Câmara.
O dirigente também se surpreendeu e avaliou como um “mau sinal” o voto a favor do parecer pró-impeachment na Comissão Especial do líder do PSD na Câmara, o deputado Rogério Rosso (DF), que era presidente do colegiado.
As notícias levaram Nogueira a antecipar sua vinda a Brasília para avaliar o cenário e decidir como o PP se portará. Até então, havia um acordo entre as cúpulas dos três partidos para que permanecessem na base aliada. “Estamos avaliando”, disse nesta terça-feira, sinalizando que a direção da sigla poderá voltar atrás da decisão anunciada na semana passada de permanecer no governo até a votação do impeachment no plenário. Ciro tem sido pressionado pela ala oposicionista do partido para desembarcar do governo.
Nesse domingo, nove diretórios regionais emitiram nota oficial apoiando o impeachment: RS, SC, PR, SP, DF, GO, ES, MG e AC. Nessa segunda, o líder do PP na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PB), fez um discurso contra o impeachment, mas liberou a bancada para votar na comissão. Dos cinco votantes da sigla, três votaram a favor e dois contra o impeachment no colegiado.
Correio do Povo