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Polícia pede prontuários de mais de 20 mulheres atendidas por médico preso por estupro

Delegacia da Mulher de São João de Meriti investiga seis possíveis casos de abusos cometidos por Giovanni Quintella Bezerra

A Polícia Civil solicitou os prontuários de pelo menos 20 mulheres que foram atendidas em diferentes hospitais do Rio de Janeiro pelo médico Giovanni Quintella Bezerra, preso pelo estupro de uma paciente em trabalho de parto.

De acordo com a delegada Bárbara Lomba, além de atuar no Hospital da Mulher, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, onde profissionais da enfermagem filmaram o crime com um celular escondido, o anestesista atendia no Hospital da Mãe, em Mesquita, e no estadual Getúlio Vargas, na Penha, zona Norte da capital.

Nesta quarta-feira, a polícia entregou o celular utilizado para flagrar o estupro e pedaços de gaze que podem conter material genético do médico ao Instituto de Criminalística Carlos Éboli, para a realização de perícia.

Após a primeira denúncia, feita por funcionários do hospital que desconfiaram da conduta de Giovanni, a Deam já passou a apurar outros cinco casos de possíveis crimes cometidos pelo anestesista contra outras pacientes.

Até o momento, a polícia já ouviu três mulheres que foram atendidas por Giovanni. Ao menos duas declararam ter sido dopadas durante o procedimento. A paciente vítima de estupro, no domingo passado, já teve alta do Hospital da Mulher e deve prestar depoimento em breve. Segundo a polícia, a vítima está ciente do que aconteceu e se mostra abalada.

O inquérito precisa ser concluída em até dez dias. De acordo com a delegada, se ficar comprovado que Giovanni Bezerra aplicou tipos e quantidades desnecessários de sedativos na paciente, ele pode responder, além do crime de estupro de vulnerável, pelo de violência obstétrica.

Desde as 21h dessa terça, o médico está preso na Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira (Bangu 8), no Complexo de Gericinó, para onde são levados os custodiados com nível superior. Por medida de segurança, o anestesista está isolado em uma cela da Galeria F da unidade. Na chegada, outros presos xingaram o investigado e o hostilizaram batendo na grade das celas.

O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) suspendeu provisoriamente o registro do anestesista, após ter acesso às imagens do estupro. Com isso, ele fica impedido de exercer a medicina em todo o país. O conselho também instaurou processo ético-profissional que pode resultar na cassação definitiva do registro.

FONTE R7 e Agência Brasil