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Pobreza na Colômbia cai para 39,3% em um ano e atinge 19 milhões de pessoas

Índice apresentou redução de 3,2 pontos percentuais em relação a 2020

Ou seja, pouco mais de 1,4 milhão de colombianos conseguiram superar a pobreza 

A pobreza na Colômbia afetou 39,3% de seus 50 milhões de habitantes em 2021, uma redução de 3,2 pontos percentuais em relação a 2020, revelou nesta terça-feira o Departamento Nacional de Estatística (DANE). “Passamos de ver aproximadamente 21 milhões de pessoas em 2020 em situação de pobreza monetária a ver 19.621.330 pessoas” nesta condição no ano passado, disse Juan Daniel Oviedo, diretor da entidade, durante a apresentação do relatório.

Ou seja, pouco mais de 1,4 milhão de colombianos conseguiram superar a pobreza após os estragos econômicos de dois anos de pandemia. Apesar da diminuição, o país ainda não se recuperou aos níveis anteriores à crise provocada pelo coronavírus. Em 2019, cerca de 17,4 milhões de pessoas (35,7%) viviam na pobreza na Colômbia.

A pobreza monetária mede o percentual da população que recebe menos de 89 dólares por mês e não pode se alimentar adequadamente, ter moradia digna ou adquirir bens básicos. O DANE também registrou uma queda na pobreza extrema, que corresponde às pessoas que vivem com menos de 37 dólares por mês. Em 2021, 12,2% da população colombiana estavam nesta situação. “No total nacional, 6.110.881 pessoas estavam em situação de pobreza monetária extrema e em 2020 havia 7.470.265 pessoas nesta situação. O anterior significa que 1.359.384 pessoas saíram da pobreza monetária extrema”, informou a entidade em seu boletim.

A pobreza afetou mais os lares a cargo das mulheres (42,9%), “uma brecha preocupante” que se acentua ainda mais nas cidades, segundo Oviedo. Afetou, ainda, com maior força as pessoas entre 26 e 35 anos (48,3%) e aquelas sem escolaridade ou pouca educação (47,5%).

A desigualdade de renda, medida pelo coeficiente Gini – no qual 0 representa ausência de desigualdade e 1, desigualdade máxima -, situou-se em 0,523 em 2021 contra 0,544 no ano anterior. O país tem um dos níveis mais elevados de desigualdade de renda no mundo, segundo relatório do Banco Mundial de 2021 com dados anteriores à pandemia.

A quarta economia da América Latina se recupera paulatinamente do descalabro provocado pela pandemia. Em 2021, registrou um crescimento de 10,6% frente à queda (-7%) em 2020. Em fevereiro, o desemprego afetou 12,7% de sua população urbana, segundo a estatística oficial.

Correio do Povo