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PF prende nove pessoas pela Operação Fake Sat no RS

A Polícia Federal cumpriu nesta terça-feira nove mandados de prisão e 34 de busca e apreensão nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo e Goiás, após desmanchar um esquema que importava aparelhos que captam sinal de TV por assinatura e que atuava na captação e distribuição fraudulenta deste sinal. Dos nove presos, três foram encontrados em Porto Alegre e seis em Santana do Livramento. Entre os detidos estão os responsáveis pela importação dos equipamentos e a captação e distribuição do sinal. Os investigados responderão por formação de quadrilha, contrabando, descaminho e estelionato. Ao todo, a operadora de TV por assinatura pirata contava com mais de 10 mil clientes, espalhados em 16 estados.

Polícia Federal deflagra operação

 

A investigação começou no início deste ano, após diversas denúncias realizadas à Polícia Federal. Segundo o delegado responsável pela Operação Fake Sat, Alexandre Isbarrola, os equipamentos eram importados da China e encaminhados para duas bases da quadrilha que estão localizadas na fronteira: entre Santana do Livramento e Rivera, no Uruguai, e Foz do Iguaçu e Ciudad del Este, no Paraguai. “Os aparelhos ficavam nos países vizinhos e eram trazidos em partes fragmentadas, conforme as encomendas. O objetivo deles, provavelmente, era de escapar da ação da PF e Receita Federal, e se utilizarem do princípio da insignificância”, argumentou.



A Operação Fake Sat identificou diversas células que atuam em conjunto com a organização criminosa na distribuição dos equipamentos trazidos do exterior e na captação e distribuição de chaves de acesso para sinal de TV por assinatura de forma fraudulenta. 

Como funcionava o esquema
O acesso ao sinal era obtido através da descriptografia de cartões e chaves das operadoras de TV por assinatura. O sinal era remetido a dois servidores, localizados em São Paulo e Goiânia, que o redimensionava para os clientes. De acordo com o delegado, a quadrilha arrecadava cerca de R$ 500 mil por mês com a operação. “Cada aparelho custava entre R$ 650 e R$ 700. A média de preço da assinatura mensal era de R$ 30”, relatou. Os planos da assinatura ainda variavam entre trimestral, semestral e anual. Se o pagamento, o sinal era cortado. A venda era feita no ‘boca a boca’ e por telefone. “É um tipo de atividade que vem crescendo muito no país”, disse Isbarrola.
Correio do Povo.