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Passo Fundo – PRF prende quadrilha com 82 quilos de maconha e skunk

PRF prende quadrilha com 82 quilos de maconha e skunk em Passo Fundo

Já são mais de 20 toneladas de drogas apreendidas pela PRF em 2020 no Rio Grande do Sul

A Polícia Rodoviária Federal apreendeu 77 quilos de maconha e 5 quilos de skunk que eram transportados em um Voyage na tarde desta quinta-feira (10), em Passo Fundo. Três homens e uma mulher foram presos.

Durante uma operação de combate à criminalidade, os policiais receberam informações do serviço de inteligência da PRF sobre um Voyage que poderia estar sendo utilizado para transporte de ilícitos.

Os agentes federais localizaram o carro transitando na BR 285, quando perceberam que um Fiesta viajava com ele.

Os dois veículos foram abordados. No Voyage estavam dois homens, ambos com 29 anos. No Fiesta estava um casal, o motorista com 29 e a passageira com 22 anos. Os quatro se conheciam e são moradores de Caxias do Sul.

No porta-malas do Voyage foram encontrados diversos tabletes de maconha, que totalizaram 77 quilos, além de 5 quilos de skunk, divididos em três pacotes.

Os quatro foram presos e encaminhados à Polícia Civil. Os carros e as drogas foram apreendidos.

O que é o Skunk?

Candy Skunk – Foto: Herb

Aprendemos neste artigo que a palavra Skunk começou a ser usada para descrever o cheiro das variedades híbridas de Cannabis que surgiram na década de 70.

Depois disso, o Skunk#1 se tornou uma verdadeira strain “pedigree” no mundo da Cannabis. A primeira strain híbrida comercial do mundo se popularizou e exerceu influência ao longo das décadas se tornando uma das mais famosas e emblemáticas da história da maconha.

Se nos Estados Unidos Skunk é um termo usado para descrever um cheiro, porque no Brasil e em outros diversos lugares do mundo o termo é usado para descrever maconha de alta potência? Esta ambiguidade é proveniente da falta de informação. No Brasil principalmente, a falta de informação sobre a identificação de genéticas e strains é tão grande que o termo “Skunk” se tornou um conveniente atalho para nomear qualquer maconha que não seja prensada, o que é errado.

No final das contas, o termo Skunk surgiu como um adjetivo para indicar o odor de uma planta, mas com a evolução das strains de Cannabis durante as décadas e a imensa influência que o Skunk#1 teve neste crescimento, o termo Skunk hoje em dia deve ser usado para descrever strains de maconha híbridas, de alta potência, adaptadas para o cultivo Indoor e com tempo de floração menor que o comum. Se quisermos realmente nos mantermos fiéis ao termo, ele deveria ser usado apenas para linhagens provenientes da genética Skunk#1.

Conclusão

A verdade é que a proibição da maconha não faz com que pessoas parem de fumar, ela apenas faz com que os consumidores estejam mais sujeitos aos perigos de um produto inferior sem controle de qualidade, sem liberdade de escolha do consumidor e sem testes ou dados concretos sobre genéticas e concentração de canabinoides.

Infelizmente, os ativistas anti-maconha fazem todo o tipo de malabarismo para manter a população desinformada e o termo Skunk é um alvo fácil e conveniente para manipular os menos informados dizendo que uma “Super Maconha” está causando danos à sociedade.

O termo Skunk nos leva à um problema muito maior: É um termo geral que mascara uma escassez de conhecimento como conseqüência da proibição. Como sempre, a solução correta é levar à população informações mais precisas, e não termos genéricos, que leve à criação de consumidores e usuários bem informados e seguros do que estão consumindo.