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Passo Fundo – Com 230 casos confirmados na cidade, surto de caxumba está relacionado à mutação do vírus, afirma especialista

Nos últimos meses foram registrados cerca de 230 casos de caxumba em Passo Fundo. O infectologista do Hospital São Vicente de Paulo, Gilberto Barbosa destaca que o surto de caxumba não é exclusivo de Passo Fundo.

 

Desde 2015 vários estados brasileiros registraram aumento significativo de casos da doença. O doutor explica que entre as causas está a mutação do vírus. Há um estudo recente, realizado nos Estados Unidos, com pessoas que fizeram a vacina e que mesmo assim contraíram a doença. A pesquisa comprovou que o vírus anulou a imunidade da vacina.

 

Barbosa explica que a mutação ocorre quando há uma replicação muito grande de vírus, que tende a sofrer modificações genéticas e não reconhecer mais o anticorpo produzido pela vacina. Outro motivo para o surto é porque a vacina contra a caxumba não é tão eficaz.

 

O Ministério da Saúde oferece duas vacinas contra a doença, a tríplice viral (caxumba, rubéola e sarampo) e a tetra viral, que inclui a varicela. Enquanto a do sarampo e da rubéola dão 95% de proteção, a caxumba tem uma eficácia de 64% a 66%, no caso de uma dose, e de 83% a 88%, em duas doses.

 

Segundo o infectologista, 12% dos indivíduos que receberam duas doses da vacina tem chance de pegar a doença novamente. Barbosa destaca que no futuro é possível que ela seja modificada. Uma das particularidades do cenário brasileiro é que a faixa etária mais acometida é dos 15 aos 25 anos.

 

Em Passo Fundo, os casos mais comuns estão entre os 20 e 40 anos. A partir da vacinação, leva 15 dias para imunização fazer efeito. Conforme o infectologista Barbosa, não é possível prever por quantos anos a pessoa ficará imune após a vacina.

 

Como regra, as vacinas são de efeito permanente, mas com o passar dos anos a quantidade de anticorpos que o organismo produz com a vacina vão diminuindo. Desta forma, a proteção da vacina tende a terminar.

 

A incubação da doença varia de 12 a 25 dias e o período de transmissão dura de duas a três semanas. O paciente deve ficar isolado por cerca de 10 dias. As vacinas estão disponíveis nas unidades de saúde, cais e ambulatórios. Na falta da carteira de vacinação, pode ser apresentada a identidade.

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