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Passaporte vacinal gera confusão na Câmara de Porto Alegre

Discussão tornou-se numa briga generalizada durante a sessão na tarde desta quarta-feira

Discussão tornou-se numa briga generalizada durante a sessão na tarde desta quarta-feira 

A sessão da Câmara de Porto Alegre desta quarta-feira começou agitada. Com a galeria aberta, manifestantes contrários ao passaporte vacinal, que entrou em vigor nesta segunda-feira no Rio Grande do Sul, se exaltaram durante a fala do vereador Clàudio Janta (Solidariedade) que defendia a medida.

A vigência de um passaporte vacinal em Porto Alegre estava em discussão na sessão, uma vez que os vereadores iriam retomar a votação de um veto do prefeito Sebastião Melo que tratava do assunto. Com o clima mais ameno, a sessão foi retomada. Ao final, o veto foi mantido por 18 votos sim, 14 não e duas abstenções.

Após o presidente em exercício, vereador Idenir Cecchim (MDB), solicitar a retirada da galeria de um dos manifestantes que estava portando um cartaz com uma suástica, os vereadores de oposição pediram que os demais manifestantes contrários ao passaporte vacinal fossem retirados. Neste momento, a confusão de alastrou. Durante o movimentação, manifestantes agrediram verbal e fisicamente vereadores.

Durante a confusão, a vereadora Fernanda Barth (PRTB) também solicitou que os manifestantes se retirassem. “Sei que são pessoas 99% do bem, mas peço que saiam para que possamos continuar a sessão e decidir as coisas no voto”, afirmou a vereadora, que é contrária ao passaporte vacinal. Impedidos de entrar, o grupo protestou do lado de fora da Casa.

 Foto: Ederson Nunes/CMPA

Segundo parlamentares da oposição, os manifestantes foram convidados e encorajados por colegas da Casa, fazendo menção a Barth. Na outra ponta, os vereadores contrários ao passaporte alegam que a confusão ocorreu com a ajuda dos parlamentares da oposição, que teriam incitado as agressões.

Durante as discussões, além de Janta, o vereador Roberto Robaina (PSol) também foi agredido, bem como assessores.  Após a confusão, Janta disse que não pretende fazer boletim de ocorrência, uma vez que foi um “evento isolado”. “O que vai ser feito é um pedido formal para a Câmara não deixar mais esses manifestantes, que têm vídeo e fotos, entrarem”. Segundo ele, ainda será solicitada uma reunião da Mesa pra que símbolos nazistas, racistas e nazifascismo sejam proibidos de acessar a Casa.

Entretanto, os vereadores Leonel Radde (PT), que também foi agredido, e as vereadores Bruna Rodrigues e Daiana Santos, ambas do PCdoB, devem prestar boletim. Radde em função da utilização de símbolos do nazifascismo, e as vereadores em decorrência aos ataques racistas.

*Supervisão de Mauren Xavier

Correio do Povo