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Partido expulsa indígena cuja prisão motivou cenas de vandalismo no DF

Patriota disse repudiar atos do cacique José Acácio Serere Xavante, que inicitou violência contra o presidente eleito Lula e autoridades

Foto: Luiz Calagno / R7 / Divulgação
O partido Patriota decidiu, nesta terça-feira, expulsar o cacique José Acácio Serere Xavante do quadro de filiados à agremiação. O nome do indígena esteve envolvido nas manifestações violentas registradas na noite dessa segunda-feira em Brasília, que deixaram rastros de vandalismo em alguns pontos da capital.
“A Executiva Nacional do Patriota vem manifestar o seu total repúdio aos atos praticados pelo Cacique Serere, a quem expulsou das fileiras da agremiação. Nosso partido reafirma total respeito às instituições democráticas e ao resultado do pleito eleitoral de 2022”, disse o presidente nacional do Patriota, Ovasco Resende.

Os atos de segunda-feira aconteceram em protesto à prisão de Serere. Manifestantes tentaram invadir a sede da Polícia Federal, incendiaram ao menos sete veículos e colocaram fogo em quatro ônibus. Apesar da violência, os atos não resultaram em prisões.

Nos últimos meses, Serere vem questionando o resultado das eleições e incitando atos de violência contra o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e autoridades do Judiciário. O mandado de prisão do indígena, expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), comandada por Augusto Aras.

A prisão de Serere vale pelo prazo inicial de dez dias e se baseia na suposta prática de condutas ilícitas em atos antidemocráticos, desde o resultado do segundo turno. A decisão se fundamentou na necessidade de garantia da ordem pública, diante dos indícios da prática dos crimes de ameaça, perseguição e abolição violenta do Estado democrático de Direito.

Ao pedir a prisão temporária, a PGR argumentou que o indígena vem se utilizando da posição para arregimentar indígenas e não indígenas para cometer crimes, mediante a ameaça de agressão e perseguição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e ministros do Judiciário.

Moraes afirmou que as condutas do indígena possuem “agudo grau de gravidade”, revelando os riscos decorrentes da manutenção dele em liberdade, uma vez que Serere convocou expressamente pessoas armadas para impedir a diplomação dos eleitos, que ocorreu nessa segunda-feira.

FONTE R7