Em discurso na Redenção, ex-governador afirma que partido sofre consequências por não ter feito determinadas reformas
Foto: Ricardo Giusti
Na opinião do ex-governador Olívio Dutra, a crise política que hoje pesa sobre o governo ocorre porque o PT “baixou a guarda e facilitou para os adversários”. O ex-governador foi um dos líderes petistas que discursaram na Redenção, neste domingo, em ato pró-governo, que, de acordo com a Brigada Militar, reuniu 5 mil pessoas – conforme os organizadores foram 10 mil participantes.
“É momento de refletirmos sobre o que deixamos de fazer. Não fizemos ainda a reforma agrária, a urbana, deixamos de fazer a reforma tributária, a reforma política. Executamos políticas públicas importantes, que incluíram milhões de brasileiros em condições de vida digna, mas nós não mexemos nas estruturas de um Estado controlado pelos grande grupos de interesse”, disse. “Deveríamos ter ido mais longe, e por não termos ido mais longe estamos sofrendo as consequências. É preciso superar este momento, com muita participação consciente.”
Já o ex-governador Tarso Genro, também presente na manifestação favorável ao governo, disse que espera uma postura de Dilma. “Ela tem que nos ajudar, tem que reencaminhar o projeto de desenvolvimento, tem que fazer uma agregação política de baixo para cima que pressione os partidos que ainda estão no nosso banco a manter a legalidade”, defendeu. Tarso chamou de “fraude” a campanha da oposição acerca da corrupção: “Se eles fossem tanto contra a corrupção, eles andariam protegendo o Aécio, o Cunha, o Alckmin? Estão seduzindo a classe média e querem levar a classe média para uma aventura contra a presidente Dilma, legitimamente eleita”.
Para as lideranças que discursaram no ato, a “grande mídia” está contribuindo com o que consideram golpe. Uma equipe de reportagem de televisão, no final do evento, foi cercada pelos manifestantes, mas não houve violência física.
Correio do Povo
