Francisco celebrou o jubileu dos migrantes diante de 5 mil pessoas
Foto: Filippo Monteforte / AFP / CP
O papa Francisco celebrou neste domingo na Praça de São Pedro o jubileu dos migrantes diante de 5 mil pessoas, entre elas muitos latino-americanos e filipinos, convocando-as a “não deixar sua esperança ser roubada”, apesar das “experiências de miséria, opressão e medo” que viveram. “A presença de vocês nesta praça é sinal de esperança em Deus. Não deixem que roubem sua esperança e alegria de viver!”, disse o Papa argentino aos centenas de migrantes reunidos.
A partir da janela do palácio apostólico, o Papa rezou o Ângelus e saudou com particular afeto as “comunidades étnicas” presentes na praça para celebrar a Jornada Mundial do Emigrante e do Refugiado. “Cada um de vocês carrega uma história, uma cultura, valores preciosos e, às vezes, experiências de miséria, de opressão e de medo”, lembrou o Papa.
O pontífice argentino, filho de imigrantes italianos, é muito sensível ao fenômeno da emigração, um drama que assola o mundo, tanto na Europa quanto na América. No dia 11 de janeiro, diante do corpo diplomático credenciado ante a Santa Sé, o Papa convidou a comunidade internacional a ir além para enfrentar uma emergência histórica e elaborar “planos no médio e longo prazo” com “audácia criativa”.
“Obrigado santidade, obrigado por tudo o que fez pela diáspora da Ucrânia”, declarou à AFP-TV o ucraniano Mariam Kovanchuk, de 38 anos, que fugiu há quatro anos de seu país pela guerra e pela pobreza.
Grupos de peruanos e equatorianos que vivem na região italiana de Lazio, onde se encontra Roma, se reuniram na imensa praça para cantar e rezar pelo Papa. “Após uma década esquecidos, por fim temos quem nos defenda”, comentou Rosita, uma peruana de 60 anos que trabalha no serviço doméstico.
30 nacionalidades diferentes
Juntas a dois latino-americanos, famílias inteiras de filipinos, uma das maiores comunidades de estrangeiros residentes em Lazio, se preparavam para atravessar a Porta Santa da Basílica de São Pedro. Com este gesto, que é realizado apenas durante o ano do Jubileu, é obtida a indulgência plena, ou seja, o perdão dos pecados, segundo a tradição católica. “Que a missa e a passagem pela Porta Santa encham o coração de paz”, clamou o pontífice.
Imigrantes de 30 nacionalidades diferentes acompanharão posteriormente na basílica uma missa presidida pelo cardeal Antonio Maria Veglio, entre eles 200 africanos que pedem asilo à Itália. De um lado do altar da basílica foi colocada a cruz de Lampedusa, produzida com a madeira dos barcos que cruzam o Mediterrâneo repletos de migrantes e que o Papa abençoou em 2014, quando visitou a ilha italiana símbolo do drama da imigração. “São pessoas que fogem da pobreza, da guerra, não podemos abandoná-las”, comentou Giuseppe Giudici, de 74 anos, da Associação de Trabalhadores Católicos Italianos.
Segundo dados do Pontifício Conselho Pastoral para os Migrantes, 3,7 mil pessoas, entre elas 800 crianças, perderam a vida em 2015 na travessia do Mediterrâneo. Entre os presentes havia um grupo de muçulmanos, palestinos, libaneses e sírios, liderados por Foad Aodi, presidente da Comunidade do Mundo Árabe na Itália. “Aqui estamos. Para dar e pedir solidariedade”, disse.
Diante dos milhares de fiéis presentes na praça, o Papa pediu orações para as vítimas dos atentados de Jacarta e Uagadugú, reivindicados por organizações jihadistas. Também neste domingo, sob um impressionante dispositivo de segurança, o Papa visitará a sinagoga de Roma com o objetivo de abraçar a comunidade judaica e se converter no terceiro pontífice a entrar em um templo hebraico depois de João Paulo II em 1986 e Bento XVI em 2010.
A partir da janela do palácio apostólico, o Papa rezou o Ângelus e saudou com particular afeto as “comunidades étnicas” presentes na praça para celebrar a Jornada Mundial do Emigrante e do Refugiado. “Cada um de vocês carrega uma história, uma cultura, valores preciosos e, às vezes, experiências de miséria, de opressão e de medo”, lembrou o Papa.
O pontífice argentino, filho de imigrantes italianos, é muito sensível ao fenômeno da emigração, um drama que assola o mundo, tanto na Europa quanto na América. No dia 11 de janeiro, diante do corpo diplomático credenciado ante a Santa Sé, o Papa convidou a comunidade internacional a ir além para enfrentar uma emergência histórica e elaborar “planos no médio e longo prazo” com “audácia criativa”.
“Obrigado santidade, obrigado por tudo o que fez pela diáspora da Ucrânia”, declarou à AFP-TV o ucraniano Mariam Kovanchuk, de 38 anos, que fugiu há quatro anos de seu país pela guerra e pela pobreza.
Grupos de peruanos e equatorianos que vivem na região italiana de Lazio, onde se encontra Roma, se reuniram na imensa praça para cantar e rezar pelo Papa. “Após uma década esquecidos, por fim temos quem nos defenda”, comentou Rosita, uma peruana de 60 anos que trabalha no serviço doméstico.
30 nacionalidades diferentes
Juntas a dois latino-americanos, famílias inteiras de filipinos, uma das maiores comunidades de estrangeiros residentes em Lazio, se preparavam para atravessar a Porta Santa da Basílica de São Pedro. Com este gesto, que é realizado apenas durante o ano do Jubileu, é obtida a indulgência plena, ou seja, o perdão dos pecados, segundo a tradição católica. “Que a missa e a passagem pela Porta Santa encham o coração de paz”, clamou o pontífice.
Imigrantes de 30 nacionalidades diferentes acompanharão posteriormente na basílica uma missa presidida pelo cardeal Antonio Maria Veglio, entre eles 200 africanos que pedem asilo à Itália. De um lado do altar da basílica foi colocada a cruz de Lampedusa, produzida com a madeira dos barcos que cruzam o Mediterrâneo repletos de migrantes e que o Papa abençoou em 2014, quando visitou a ilha italiana símbolo do drama da imigração. “São pessoas que fogem da pobreza, da guerra, não podemos abandoná-las”, comentou Giuseppe Giudici, de 74 anos, da Associação de Trabalhadores Católicos Italianos.
Segundo dados do Pontifício Conselho Pastoral para os Migrantes, 3,7 mil pessoas, entre elas 800 crianças, perderam a vida em 2015 na travessia do Mediterrâneo. Entre os presentes havia um grupo de muçulmanos, palestinos, libaneses e sírios, liderados por Foad Aodi, presidente da Comunidade do Mundo Árabe na Itália. “Aqui estamos. Para dar e pedir solidariedade”, disse.
Diante dos milhares de fiéis presentes na praça, o Papa pediu orações para as vítimas dos atentados de Jacarta e Uagadugú, reivindicados por organizações jihadistas. Também neste domingo, sob um impressionante dispositivo de segurança, o Papa visitará a sinagoga de Roma com o objetivo de abraçar a comunidade judaica e se converter no terceiro pontífice a entrar em um templo hebraico depois de João Paulo II em 1986 e Bento XVI em 2010.
Correio do Povo