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Palmeira das Missões – Pesquisa procura por vestígios arqueológicos no terreno do HPR

Diagnóstico é
necessário para emissão da Licença de Instalação
A Prefeitura Municipal recebeu na manhã desta segunda-feira
(2) a pesquisadora, doutora em Arqueologia, Raquel Machado Rech, que foi
contratada pelo Município para desenvolver uma pesquisa autônoma referente ao Diagnóstico
Arqueológico da área onde será construído o Hospital Público Regional (HPR).
Segundo Raquel, que também atua na Prefeitura de Santo Ângelo, este estudo é obrigatório
para que a Licença de Instalação seja emitida pela Fundação Estadual de
Proteção Ambiental (Fepam).
Para elaborar o Diagnóstico Arqueológico são necessárias
atividades como pesquisa de arquivos, pesquisa de campo e ação de educação
patrimonial. Desta forma, Raquel reuniu na manhã desta segunda-feira
representantes de todas as secretarias municipais, explanando sobre a pesquisa,
informações arqueológicas da região e aplicando um questionário. Dentre as
perguntas abordadas, a pesquisadora procurou saber se os presentes tinham
conhecimento da relevância da preservação do patrimônio histórico, se
reconhecem a existência de algum sítio arqueológico na cidade, entre outras
questões.
Durante o encontro, ela informou que em Palmeira das Missões
existem dois sítios arqueológicos cadastrados no Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional (Iphan), com vestígios líticos e cerâmicos de
populações indígenas pré-históricas que habitavam a região. Os sítios foram
descobertos por conta das pesquisas arqueológicas para a implantação da Linha
de Transmissão de Energia Subestação Guarita – Subestação Palmeira das Missões.
Raquel salientou que um destes sítios cadastrados está localizado cerca de 1,5
km a oeste do terreno onde será construído o Hospital, por isso, justifica-se a
necessidade sobre a averiguação de existência ou não de sítios arqueológicos na
área de implantação do futuro empreendimento.
Se encontrados,
artefatos não inviabilizam construção
A pesquisa de campo, iniciada nesta segunda-feira, destina-se
à abertura de poços testes de um metro de profundidade, na tentativa de
encontrar ou não vestígios arqueológicos. Caso sejam encontrados, Raquel
esclareceu que será realizado o resgate do material. Contudo, se isso ocorrer,
não inviabilizará de forma alguma a construção do Hospital. “Poderemos, ainda,
fazer um setor dentro do Hospital destinado à exposição destes artefatos, para
apresentá-los à comunidade”, salientou ela.
Assim que o laudo do Diagnóstico Arqueológico estiver
pronto, o Município de Palmeira das Missões protocolará na Superintendência do
Iphan, no Rio Grande do Sul; o Iphan, por sua vez, avaliará e emitirá a
anuência para a Fepam, que em posse deste documento emitirá a Licença de Instalação,
permitindo assim o início da construção do HPR.

Fotos: Priscila Devens/AI e Divulgação