Paulo Victor Chagas – Repórter da Agência Brasil
Refugiados sírios aguardam na fronteira com a Turquia para fugir dos ataques do Estado Islâmico (EPA/Sedat Suna/Agência Lusa)EPA/Sedat Suna
Ogoverno brasileiro apresenta nesta quinta-feira (4) o valor da doação que fará, ao lado de outros países, para contribuir com a população síria e os refugiados. O anúncio será feito em Londres, durante a Conferência Internacional de Apoio à Síria e Região. Além de oferecer doação financeira para o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), o Brasil vai repetir o apoio do ano passado e enviar também doações de alimentos.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, participa da reunião, que ocorre de manhã na capital da Inglaterra. Representantes de cerca de 80 países e de outros organismos internacionais foram convidados e também vão anunciar as suas doações. A expectativa dos organizadores da conferência é de que a contribuição global necessária para amenizar o problema na região, somados todos os anos, seja de US$ 8 bilhões.
Ao participar das três últimas conferências internacionais, o Brasil tem aumentado a cifra de suas participações: doou US$ 250 mil em 2013, US$ 300 mil em 2014 e quase US$ 5 milhões em 2015. Essa última contribuição foi distribuída em toneladas de arroz e de feijão.
Durante a reunião, Mauro Vieira mencionará o apoio que o governo brasileiro tem dado aos refugiados sírios, especialmente a prorrogação da política humanitária de emissão de vistos em favor de pessoas afetadas pelo conflito. O Brasil já acolheu mais de 2 mil refugiados de nacionalidade síria.
A conferência é conduzida pela Alemanha, Noruega e Kuwait, além do Reino Unido, e conta com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU). O principal objetivo do evento é angariar recursos emergenciais para a população síria que mora no país e os refugiados que estão acolhidos na região.
O chanceler brasileiro também vai enfatizar o ,apoio à busca de solução pacífica para o conflito que tem sido feita por Staffan de Mistura, enviado especial para a Síria do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
Edição: Graça Adjuto