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Pagamento do funcionalismo do RS só será definido no último dia do mês

Secretário negou especulações de parcela de R$ 500 e projetou melhora do cenário com entrada de receitas

                        Foto: Divulgação / ALRS / CP Memória
O secretário da Fazenda, Giovani Feltes, negou nesta segunda-feira que haja definição sobre como vai ser feito o parcelamento de salários do funcionalismo em agosto. Ele também evitou confirmar que o limite máximo a ser pago seja de R$ 500 na primeira parcela e defendeu cautela, lembrando que a entrada de recursos nos cofres públicos é diária. Feltes anunciou, porém, que a sociedade e o funcionalismo só serão comunicados sobre as formas de pagamento na próxima segunda-feira, último dia do mês.

O secretário alertou que não partem do governo as especulações e negou que o Executivo adote essa prática. “Nós não estamos especulando e nem devemos agir desse modo. Esperamos contar com uma boa receita no decorrer da semana e temos sinalização pelo aporte do Fundo de Apoio a Exportação e, ainda, restantes de ICMS”, projetou.

O problema é que a parcela do governo federal do Fundo de Apoio a Exportações, de R$ 118 milhões, deve ser parcelada em quatro vezes a partir de setembro. Na próxima quarta-feira, entra a última parcela do ICMS referente a combustíveis, energia e telecomunicações.

O fator agravante em agosto foi a contenção de recursos, nos dez primeiros dias de agosto, para quitar a folha. Nos dez dias seguintes, o Estado teve receitas bloqueadas, em função do não pagamento da dívida com a União. Com isso, o governo arrecadou somente durante dez dias e as despesas correspondem a um mês inteiro.

Técnicos da Fazenda também garantem não ter como elaborarem um calendário ou uma projeção mais precisa. Se houver uma demanda judicial para atender a exigência de alguma categoria, por exemplo, o governo pode empenhar uma quantia não prevista nos gastos e forçar um parcelamento em quantias menores. O Estado deve, mais uma vez, atrasar a dívida com a União, ficando sob risco de bloqueio pelo segundo mês seguido.
Fonte Correio do Povo