Ministro chefe da Casa Civil participou do programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba
Ministro chefe da Casa Civil participou do programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba | Foto: Valter Campanato / Agência Brasil / CP
Para tentar conter o avanç da denúncia por corrupção contra o presidente Temer, a articulação do Palácio do Planalto vai além das negociações com partidos e parlamentares. Uma das estratégias em curso, segundo o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, visa alterar a forma de votação, de nominal, para registro no painel do plenário.
“Por enquanto a votação será nominal, mas o voto no painel é a regra normal e este será um dos pontos de negociação”, disse Padilha, em entrevista para o programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba.
O rito da sessão plenária na qual vai ser analisado o parecer aprovado na Comissão de Constituição e Justiça, de autoria do deputado Paulo Abi-ackel (PSDB-MG), contrário ao avanço da denúncia, foi estabelecido pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e comunicado aos parlamentares por meio de ofício distribuído na segunda-feira.
A intenção do governo, de alterar a forma de votação, não ocorre por acaso. Na nominal, a exposição dos deputados é maior, enquanto que o registro no painel, pode acabar favorecendo o governo e minimizando dissidências na base aliada.
Padilha também destacou que, apesar de estar marcada para o dia 2 de agosto, às 9h, análise dificilmente deve se concretizar nessa data em função da necessidade de quórum mínimo de 342 parlamentares em plenário para o início da votação.
“A oposição precisa garantir 342 votos para derrubar o relatório e viabilizar a denúncia. Como eles não têm este número, irão obstruir e não registrarão presença”, previu o ministro. Segundo Padilha, o desfecho do episódio em plenário depende de negociação entre aliados do governo e opositores.
Correio do Povo