“Pequeno Segredo” é o representante do Brasil na competição
“Pequeno Segredo” é o representante do Brasil na competição | Foto: Divulgação / CP
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas divulgou os filmes que concorrerão este ano ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Um total de 85 países estão na luta para conquistar a estatueta em 2017, quando a premiação chega a sua 89ª edição. Entre os candidatos ibero-americanos estão películas como: “O Cidadão Ilustre” (Argentina); “Pequeno Segredo” (Brasil); “Neruda” (Chile); “Alias María” (Colômbia); “About Us” (Costa Rica); “The Companion” (Cuba); “Deserto” (México); e “Julieta” (España).
Essa lista de 85 países considera todos os filmes que passaram pelos critérios de elegibilidade. Posteriormente, serão anunciados os nomes dos cinco filmes que seguem para a etapa final, em nova votação. O anúncio dos indicados à 89ª edição do Oscar está marcado para 24 de janeiro de 2017. A cerimônia de premiação acontece em 26 de fevereiro, em Los Angeles, nos Estados Unidos.
A categoria de Melhor Filme Estrangeiro está completando 60 anos. Ela foi criada em 1956, para 29ª edição do Oscar. Para comemorar, a Academia criou uma série de vídeos com discursos de aceitação e uma galeria com cartazes dos vencedores nesta categoria.
O Brasil nunca ganhou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, mas já apareceu quatro vezes entre os cinco finalistas. A primeira foi em 1963, com “O Pagador de Promessas”, dirigido por Anselmo Duarte. O feito se repetiu com “O Quatrilho” (1996, de Fábio Barreto), “O que é isso, companheiro?” (1998, de Bruno Barreto), e “Central do Brasil” (1999, de Walter Salles).
Diferentemente dos outros Oscars, o prêmio de Melhor Filme Estrangeiro não é entregue a um indivíduo específico. Ele é aceito pelo diretor do filme vencedor, porém é considerado um prêmio para todo o país.
Todos os países são convidados a submeter o que consideram seu melhor filme. Essa escolha precisa ser feita por uma organização, júri ou comitê composto por pessoas da indústria cinematográfica, cujos nomes devem ser enviados para a Academia. Para concorrer, o filme não pode ter sido produzido majoritariamente nos EUA e também não pode ter a maior parte dos diálogos em inglês.
Pequeno Segredo
Este ano o filme escolhido para representar o Brasil foi “Pequeno Segredo”, de David Schürmann. A escolha da comissão local gerou polêmica, já que muitos especialistas consideravam que o melhor candidato seria “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filha. Entretanto, o filme se viu envolto em polêmicas quando o elenco e a equipe de produção protestou contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff durante o Festival de Cannes. Em meio à confusão, dois integrantes da comissão demitiram-se e foram substituídos.
Correio do Povo