O secretário de Segurança do Distrito Federal, delegado Júlio Danilo, afirmou no fim da noite dessa segunda-feira que “a ordem foi restabelecida e que a polícia continua na rua”, em Brasília, após atos de vandalismo registrados na capital federal.
“Todo aquele que cometeu crime, os crimes que foram cometidos serão apurados, e os responsáveis serão responsabilizados. A gente segue com essa tranquilidade de manter o planejamento. Estamos em constante contato com a equipe de transição, com a equipe de segurança”, afirmou o secretário.
O ato ocorre em protesto contra a prisão do cacique Tserere, um líder indígena que questiona o resultado das eleições deste ano. Manifestações foram registradas em outros locais da capital, como a Torre de TV e o shopping Conjunto Nacional.
O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), afirmou que a segurança do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não está comprometida.
Ao R7, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), disse que mandou reforçar a segurança nas regiões de manifestação. Policiais foram acionados para intensificar o policiamento no hotel onde Lula, diplomado presidente eleito durante a tarde, está hospedado.
Ministro da Justiça
Mais cedo, o ministro da Justiça, Anderson Torres, afirmou que a situação dos protestos em Brasília está se “normalizando”. Em postagem nas redes sociais às 23h08min dessa segunda-feira, Torres disse que, desde o início das manifestações, a pasta manteve contato com a Secretária de Segurança do DF.
“Tudo será apurado e esclarecido”, escreveu. “Nada justifica as cenas lamentáveis que vimos no centro de Brasília. A capital federal tradicionalmente é palco de manifestações pacíficas e ordeiras. E seguirá sendo!”, disse.
Delegacia fechada
A 5ª Delegacia de Polícia, que fica a cerca de 800 metros da sede da Polícia Federal, teve de ser fechada, e o registro de ocorrências, suspenso. Os agentes acionaram a Divisão de Operações Especiais para proteger a unidade, que só pode ser acessada mediante autorização do delegado.
‘Reprimir a violência’
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), considerou “absurdos os atos de vandalismo registrados” em Brasília. Para o senador, as manifestações “só servem para acirrar o cenário de intolerância que impregnou parte da campanha eleitoral que se encerrou”.
Para Pacheco, “as forças públicas de sgurança devem agir”.