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Opositor venezuelano Manuel Rosales é detido ao voltar do exílio

Ex-candidato à Presidência tinha uma ordem de prisão para responder a um processo por corrupção

                                 Foto: Raul Pereira / AFP / C
O ex-candidato à Presidência venezuelana pela oposição Manuel Rosales foi detido por funcionários do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional nesta quinta-feira no aeroporto de Maracaibo (oeste), ao voltar para a Venezuela após seis anos no exílio, informou a justiça.


Com 62 anos e um dos adversários mais fortes do falecido presidente venezuelano Hugo Chávez (1999-2013), Rosales chegou por volta das 16h30 locais (18h de Brasília) a este aeroporto da cidade de Maracaibo, capital de seu estado natal, Zulia. Não há imagens do momento da detenção porque, segundo jornalistas no local, as autoridades impediram sua entrada na pista de pouso.

Momentos após o pouso, o dirigente divulgou um vídeo em seu perfil no aplicativo Periscope no qual questionou a operação policial e militar, disposta no terminal. “Esta mobilização na minha chegada deveriam fazer para combater a delinquência, a insegurança. Faremos isto em paz, vamos cobrar em 6 de dezembro”, escreveu, em alusão à data das próximas eleições legislativas.


À noite, o líder opositor foi levado em uma aeronave de pequeno porte para o aeroporto militar La Carlota, no leste de Caracas, para depois ser apresentado a um tribunal.

Rosales tinha uma ordem de prisão, acusado de corrupção.

Fundador do partido de centro-direita Um Novo Tempo, ele chegou em um voo comercial procedente da ilha de Aruba, no Caribe, segundo um curto vídeo difundido por ele mesmo no momento em que a aeromoça anunciou a chegada a Maracaibo.

Sua esposa, a prefeita de Maracaibo, Eveling Trejo, seus dez filhos, irmãos e grupos de simpatizantes de seu partido o aguardavam no aeroporto.


Rosales anunciou seu retorno na sexta-feira passada. Na ocasião, a procuradoria-geral advertiu que Rosales seria detido para responder a um processo por enriquecimento ilícito durante o tempo em que ocupou o cargo de governador de Zulia, entre 2000 e 2008.
Correio do Povo