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Onyx anuncia exoneração de funcionários com cargos em comissão na Casa Civil

Sala de comissões do Senado Federal durante reunião realizada pela CPMI da Petrobras para votação do relatório final. Sala 2 da ala Nilo Coelho. O presidente em exercício da CPI Mista da Petrobras, senador Gim (PTB-DF), abre a reunião do colegiado. Parlamentares da oposição tentam quórum para votar o documento final da CPI, que pode ser o relatório deputado Marco Maia (PT-RS) ou texto paralelo apresentado pelo deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP). Ao centro em pronunciamento, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS). Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Demissões devem ser publicadas nesta quinta-feira no Diário Oficial da União

Ministro admitiu que funcionários que não tiverem mesma posição ideológica que a equipe serão retirados demitidos | Foto: Dida Sampaio / Estadão Conteúdo

O novo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, anunciou nesta quarta-feira que vai exonerar todos os funcionários com cargos em comissão e gratificação na sua pasta, número calculado por ele em 320. Sete horas depois de pregar um pacto com a oposição, Onyx disse que o governo de Jair Bolsonaro não pode manter servidores petistas ou de ideologias que não se identificam com o projeto “de centro-direita”. “Nós vamos despetizar o Brasil”, afirmou ele.

As exonerações devem ser publicadas nesta quinta-feira no Diário Oficial da União, mas o ministro disse que ainda fará uma espécie de chamada oral para saber como cada um dos ocupantes dos cargos chegou ao governo. Onyx negou, porém, que a prática seja uma caça às bruxas ideológica. “Para não sair caçando bruxa, primeiro a gente exonera e depois a gente conversa”, afirmou. “O governo é novo e vem aí um novo Brasil: ou afina com a gente ou troca de casa. Simples assim”.

Responsável pela articulação política do Palácio do Planalto com o Congresso, Onyx disse que, na reunião ministerial com o presidente Jair Bolsonaro, nesta quinta-feira, vai propor que todas as pastas sigam o mesmo exemplo e exonerem os ocupantes de cargos em comissão para fazer um pente fino nas nomeações. “Vamos procurar retirar do quadro todos aqueles que têm um componente ideológico antagônico ao nosso projeto. Nós somos, sim, um governo que tem um perfil de centro-direita; nós somos, sim, uma aliança liberal conservadora. Não tem fundamento (ficar no governo) o cara que é socialista, comunista ou qualquer dessas outras coisas. Vamos falar branco e franco: a gente não tem medo de enfrentar isso”, argumentou o chefe da Casa Civil.

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O processo de reavaliação dos funcionários, chamado por Onyx de “revisão”, durará cerca de duas semanas. Somente ficarão livres das exonerações os servidores da Subchefia de Assuntos Jurídicos (SAJ) e da Imprensa Nacional, que preparam os atos do governo. O Diário Oficial da União, por exemplo, é publicado pela Imprensa Nacional. Mesmo antes da posse, integrantes do futuro governo já diziam que 30% dos cargos em comissão seriam cortados.

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Questionado se a máquina pública não pararia com esse enxugamento, Onyx afirmou que houve aparelhamento do Estado nos quase 14 anos em que o PT comandou o País. “Tomamos essa decisão consciente de ter dificuldade, mas vamos governar com aqueles que acreditam no nosso projeto. É importante que a gente possa governar livres de amarras ideológicas”, insistiu o ministro. Para exemplificar a situação, ele fez uma analogia: “Sou colorado. Não tem sentido por um gremista militante na diretoria do Inter, tem?”

Correio do Povo