O retorno
Muitas vezes, durante o percurso, erramos o caminho.
E nem podemos responsabilizar o GPS por isso.
Às vezes por teimosia, ou mesmo por desatenção, enfim, acabamos num atoleiro.
Então é preciso primeiro encontrar ajuda.
Pedir uma carona para chegar a um reboque.
Mas a carona está lá, bem atrás, no caminho certo, e nem todo mundo irá parar para te acudir.
Primeiro você anda, anda e anda mais um pouco, saindo do lamaçal.
Depois, todo sujo, ninguém tem coragem de te dar uma carona.
Mas você espera, às vezes até se distrai vendo as placas dos carros que não pararam para você.
Até que alguém aparece e manda você subir – na caçamba.
É uma ajuda.
Uma ajuda providencial.
E você chega ao reboque.
Agradece pela ajuda e a picape segue seu caminho.
Daí você precisa esperar mais um pouco.
Não é toda hora que há um bom reboque.
Você enfim, chega ao seu carro.
Ele é guinchado para a estrada.
Você então, paga a sua dívida e pega o retorno.
Ainda sujo, mas no caminho.
Nada de pior aconteceu.
Você vai seguir novamente na estrada da felicidade, só que com mais atenção.
Não se deixe distrair; não invente atalhos.
Boa Sexta feira
Marcelo Etiene