Após a prisão do homem, foram levantadas algumas dúvidas sobre um perfil de fotógrafo que ele mantinha nas redes sociais


O Alerta Que Vem da Internet e do Passado
A redação do Grupo Planalto de Comunicação tem recebido diversas mensagens de pessoas que suspeitam ter tido algum envolvimento com Gustavo.
“Meu Deus, que perigo isso, pensar que tem mais psicopatas como ele soltos por aí colocando medo nas pessoas, que absurdo! Devemos ficar atentos e ter cuidados com as crianças.”
“Desde a época de escola, eu conversava com ele por educação, porque via ele sempre sozinho. Acredito que por ter dado um pouco de atenção, ele achou que eu estava gostando dele, então começou a me perseguir, tanto na escola, quanto por mensagens, ficava me cuidando pelos cantos”, relata uma jovem.
Gustavo foi preso preventivamente em duas ocasiões na última semana, responde por uma série de crimes graves. A investigação da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Passo Fundo revelou que ele utilizava múltiplas linhas telefônicas para ameaçar a jovem, e em sua residência foram encontrados drogas, fotos da adolescente e cerca de 500 arquivos de pornografia infantil.
A crescente quantidade de relatos e a gravidade das acusações reforçam a importância do alerta feito pela mãe da vítima: “Revirem celulares, jogos, redes sociais. Meu erro foi achar que ela estava segura em casa. Esses monstros são pacientes. Eles estudam suas vítimas”.
Sinais de Alerta: O Que Observar?
Comportamento:
- Isolamento: A criança ou adolescente passa a se trancar mais no quarto, evita o convívio familiar, ou mostra desinteresse por atividades que antes gostava.
- Mudanças bruscas de humor: Agressividade repentina, tristeza profunda, ansiedade ou irritabilidade sem motivo aparente.
- Segredos excessivos: Recusa em falar sobre o que faz online, esconde o celular ou o computador, ou se torna defensiva ao ser questionada.
- Queda no rendimento escolar: Dificuldade de concentração, notas baixas e falta de motivação para estudar.
- Automutilação ou pensamentos suicidas: Qualquer indício de cortes, arranhões, ou falas sobre não querer mais viver devem ser levados a sério e investigados.
- Marcas inexplicáveis: Hematomas, arranhões, queimaduras ou dores nas partes íntimas que não têm uma justificativa clara.
- Higiene negligenciada: Descuido com a aparência pessoal, falta de banho, roupas sujas ou inadequadas para o clima.
- Comportamento sexualizado: Linguagem, desenhos ou brincadeiras com conotação sexual inadequadas para a idade.
Protegendo Nossos Filhos: Ação é a Melhor Prevenção
- Diálogo aberto e constante: Crie um ambiente de confiança onde a criança se sinta segura para compartilhar seus medos e preocupações. Pergunte sobre o que ela faz online, com quem conversa e o que assiste.
- Supervisão ativa: Conheça os jogos e redes sociais que seus filhos utilizam. Monitore o histórico de navegação e as conversas, explicando a importância dessa medida para a segurança deles.
- Configurações de privacidade: Ajude a configurar os perfis online com as maiores restrições de privacidade possíveis, limitando o acesso de estranhos às informações pessoais.
- Oriente sobre estranhos online: Ensine que “Daniel” ou “Naty” podem ser, na verdade, adultos mal-intencionados. Reforce que nunca se deve encontrar pessoalmente alguém conhecido apenas online sem a presença e o consentimento dos pais.
- Cuidado com presentes e propostas: Alerte sobre o perigo de receber presentes, dinheiro ou propostas de trabalho ou modelagem de pessoas desconhecidas.
- Atenção ao conteúdo: Fique atento a qualquer conteúdo enviado à criança que seja inadequado, como mensagens com teor sexual, drogas ou lâminas.
- Observe o comportamento de terceiros: Esteja atento a adultos que demonstrem interesse excessivo ou incomum em seu filho, seja online ou presencialmente, como rondar a escola ou o prédio.

Denuncie: Não Se Cale!
A denúncia é crucial para interromper o ciclo de abuso e proteger outras vítimas.
Reportagem: Redação
Grupo Planalto de Comunicação