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Netanyahu chama declaração de Lula de ‘vergonhosa’ e diz que repreenderá embaixador brasileiro

BERLIN, GERMANY - MARCH 16: Israeli Prime Minister Benjamin Netanyahu and German Chancellor Olaf Scholz (not pictured) speak to the media following talks at the Chancellery on March 16, 2023 in Berlin, Germany. Netanyahu's one-day visit to Berlin is being accompanied by protests, including both by people angry over Israel’s policies towards Palestinians as well as those critical of possible new legislation in Israel supported by Netanyahu that would undermine the independence and the power of Israel's Supreme Court, effectively curtailing democracy in Israel. (Photo by Sean Gallup/Getty Images)

Netanyahu chama declaração de Lula de ‘vergonhosa’ e diz que repreenderá embaixador brasileiro

“Trata-se de banalizar o Holocausto e de tentar prejudicar o povo judeu e o direito de Israel se defender”

Primeiro-ministro afirma que comparar ações do país ao Holocausto é cruzar uma linha vermelha – Foto: Alan Santos / PR / Divulgação
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, criticou as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que comparam as ações de Israel no conflito com o grupo terrorista Hamas ao nazismo. Ele afirmou que a fala de Lula é vergonhosa e grave e disse que o ministro das Relações Exteriores, Israel Katz, convocará o embaixador brasileiro em Israel, Frederico Meyer, para uma “dura conversa de repreensão”.
“Trata-se de banalizar o Holocausto e de tentar prejudicar o povo judeu e o direito de Israel se defender. Comparar Israel ao Holocausto nazista e a Hitler é cruzar uma linha vermelha. Israel luta pela sua defesa e pela garantia do seu futuro até à vitória completa e fará isso ao mesmo tempo em que defende o direito internacional”, declarou Netanyahu, nas redes sociais.
‘Distorção perversa da realidade’

A Conib (Confederação Israelita do Brasil) repudiou as declarações do presidente e classificou a fala do chefe do Executivo brasileiro como “distorção perversa da realidade que ofende a memória das vítimas do Holocausto e de seus descendentes”.

“Os nazistas exterminaram 6 milhões de judeus indefesos na Europa somente por serem judeus. Já Israel está se defendendo de um grupo terrorista que invadiu o país, matou mais de mil pessoas, promoveu estupros em massa, queimou pessoas vivas e defende em sua Carta de fundação a eliminação do Estado judeu”, diz a Conib.A entidade criticou também a posição do governo brasileiro em relação ao conflito. “Uma postura extrema e desequilibrada em relação ao trágico conflito no Oriente Médio, abandonando a tradição de equilíbrio e busca de diálogo da política externa brasileira”, afirma o texto.Críticas por doações a agência suspeita de ajudar o Hamas

Na viagem ao continente africano, Lula também anunciou que o Brasil enviará recursos para a Agência das Nações Unidas para Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA). O financiamento do governo brasileiro à organização ocorre no momento em que outros países decidiram cortar verbas destinadas às atividades da UNRWA depois que a agência foi acusada por Israel de colaborar com o grupo terrorista Hamas.

O anúncio de Lula gerou reação de entidades, políticos e especialistas. O deputado Kim Kataguiri (União-SP) pediu à Justiça a suspensão dos repasses do Brasil à agência. Em uma rede social, Kataguiri afirmou que a Constituição Federal impõe como princípios norteadores da administração pública, dentre outros, a legalidade e a moralidade.

“O repasse de verbas públicas brasileiras para uma entidade acusada de envolvimento direto em atos terroristas, como é o caso da UNRWA, contraria frontalmente esses princípios,” alegou. O Partido Novo também apresentou uma notícia-crime na PGR (Procuradoria-Geral da República) contra o presidente.O presidente da Federação Israelita do Brasil, Marcos Knobel, também criticou a posição de Lula. “O presidente vai aumentar o pagamento a uma agência da ONU acusada de apoiar u grupo terrorista, quanto os países ocidentais e democráticos param de pagar. O Brasil vai na contramão, com ditaduras. O comportamento da diplomacia brasileira é lamentável na questão desse conflito”, afirmou.

FONTE
R7