Presidente afirmou que atual ministro da Justiça seria um grande aliado da sociedade brasileira no Supremo
O presidente Jair Bolsonaro disse neste domingo à tarde, na primeira vaga que abrir no Supremo Tribunal Federal (STF), espera cumprir o compromisso de indicar o atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. “Se Deus quiser, cumpriremos esse compromisso”, disse, em entrevista à Rádio Bandeirantes. “Uma pessoa da qualificação do Moro se realizaria dentro do STF”, afirmou. Bolsonaro disse acreditar que Moro seria um “grande aliado da sociedade brasileira dentro do STF”.
Anticrime
Sobre o pacote anticrime apresentado ao Congresso pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Bolsonaro afirmou esperar que seja aprovado, mas ponderou que não é “dono da pauta” do Legislativo. “Maia (Rodrigo Maia) é dono da pauta na Câmara e Alcolumbre (Davi Alcolumbre) é dono da pauta no Senado”, argumentou. “Não posso exigir, interferir, a bola (agora) está com o Rodrigo Maia”, acresentou.
Previdência
Bolsonaro disse que, com uma “boa reforma da Previdência”, o governo terá “folga de caixa para atender a população”. Em entrevista à Rádio Bandeirantes, Bolsonaro afirmou que os parlamentares darão apoio à reforma previdenciária. De acordo com ele, a reforma da Previdência é como uma vacina: “Tem que dar a vacina no moleque, e a nova vacina no momento é a Nova Previdência”.
O presidente complementou afirmando que “não é fácil governar o Brasil e que, por isso, tem que ter equipe de ministros que converse contigo; são 24 pessoas (incluindo o vice-presidente Hamilton Mourão) para buscar soluções para o Brasil”. Bolsonaro também respondeu a declaração do deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho, feita no Dia do Trabalho, 1.º, que defendeu que o ‘Centrão’ deveria “desidratar” a reforma da Previdência para evitar a reeleição dele. “Já que Paulinho falou isso, ele não está pensando no Brasil”, disse.
Ataques do prefeito de Nova Iorque
Questionado sobre as declarações do prefeito de Nova Iorque, Bill de Blasio, do Partido Democrata, que voltou atacá-lo nas redes sociais, Bolsonaro disse que não pode ir à cidade norte-americana, onde seria homenageado como “Pessoa do Ano” pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, porque poderia levar “ovo na cara” e enfrentar balbúrdia e “essa imagem ficaria para o mundo todo”. “Fica complicado com um prefeito trabalhando contra mim.”
Blasio compartilhou uma reportagem em que Bolsonaro o chama de “radical” e afirmou: “Se você quiser desembarcar em nossa cidade e se gabar de destruir o Meio Ambiente ou de ser um orgulhoso homofóbico, então os nova-iorquinos irão te criticar por sua porcaria”. Para Bolsonaro, Blasio é um “bobalhão”, “paspalhão” e “fanfarrão”. “Se tivesse PSOL lá, o partido adequado dele seria o PSOL”, afirmou.
O presidente ainda acusou o prefeito de Nova Iorque de “ir para cima” da comissão do prêmio e do hotel que sediaria o evento. “Ele (Blasio) se organizou abertamente para o pessoal jogar ovo, jogar estrume”, disse. “Não é esse o comportamento de um prefeito, ele quer disputar as prévias do Partido Democrata para disputar contra o Trump, mas ele é um fanfarrão e não vai conseguir nada”, disse. O presidente afirmou ainda que a organização do evento “não fez nada para acalmar a situação”. “A imagem para o mundo é que eu estaria sendo pessimamente recebido nos Estados Unidos, mas fui muito bem recebido pelo Trump”, comparou.
Sindicatos
O presidente se posicionou contrário ao desconto automático do imposto sindical no contracheque do trabalhador. Bolsonaro afirmou que não quer a volta do desconto no holerite. De acordo com o presidente, os sindicatos são a “coisa que mais atrapalham o Brasil, pois a maioria legisla em causa própria”. Bolsonaro afirmou que pode haver o imposto sindical se o trabalhador optar pelo pagamento via boleto bancário, mas não com um desconto automático no contracheque.
Correio do Povo