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Municípios da região Sul do Estado entram com recurso contra bandeira vermelha

Novo divisão de bandeiras foi divulgada na sexta-feira

Pelotas é uma das cidades que quer voltar à bandeira laranja 

No Sul do Estado, os municípios de Pelotas, São Lourenço do Sul, Santana da Boa Vista e Turuçu entraram com o recurso contra a bandeira vermelha do Modelo de Distanciamento Controlado do governo do Estado. Conforme a prefeita, Selmira Fehrenbach, a última internação de um paciente de Turuçu ocorreu no último dia 10 e a cidade tem apenas um paciente assintomático, nenhum outro caso nem mesmo suspeito sendo monitorado.

“Entramos em bandeira vermelha na realidade por uma hora, pois eles contam até quinta-feira e na sexta-feira a internação mais recente completou 14 dias, então não é justo estarmos em bandeira vermelha”, justificou. Em São Lourenço do Sul, a prefeitura também entrou com recurso com a justificativa de que o óbito mais recente por coronavírus, que ocorreu em menos de 14 dias pelos critérios do distanciamento, não aconteceu em São Lourenço do Sul, mas sim em Rio Grande. A vítima era nascida, mas não residia no município. Além disto, no recurso a prefeitura também enumera diversas ações que estão sendo realizadas para conter o avanço do vírus.

Em Pelotas, a prefeitura apresentou recurso para tentar reverter a bandeira vermelha, considerada de alto risco para a contaminação pelo coronavírus. O recurso foi embasado no recente aumento nos leitos voltados ao tratamento de coronavírus que passou de 89 para 114, entre enfermaria e UTI. A prefeita Paula Mascarenhas também destacou a baixa hospitalização em vagas de enfermaria e no fato de que metade dos leitos de UTI estão ocupados.

Além disto, segundo o município houve um crescimento mais lento no número de óbitos se comparados a semana anterior e o acréscimo no registro de recuperados, equivalente ao da última semana. “Recorremos porque acreditamos que o protocolo hoje existente em Pelotas alcança o esperado equilíbrio entre proteção à saúde e à economia. O abre e fecha é muito negativo, tenciona a sociedade e não favorece o engajamento”, explicou.

Já Rio Grande, que tem um modelo municipal de distanciamento controlado, que leva em conta indicadores locais, regionais e macrorregionais, o Comitê Técnico em Saúde definiu em reunião neste sábado por manter o regramento de bandeira vermelha por mais uma semana. Será a terceira semana com bandeira vermelha no município. No próximo domingo uma nova avaliação deve ser apresentada pelo Comitê. Com isto, o comércio da cidade segue de portas fechadas, mas com liberdade para vendas por delivery e drive-thru.

A velocidade do coronavírus, a capacidade de atendimento hospitalar na cidade e o baixo percentual de distanciamento social foram preponderantes para a cor vermelha ser mantida. “A nossa bandeira tem critérios maiores que o vermelho previsto no Plano de Distanciamento implantado pelo governo estadual”, destacou o prefeito Alexandre Lindenmeyer. O anuncio ocorreu durante uma Live transmitida pela página da prefeitura no Facebook neste sábado.

Durante a transmissão o Secretário Municipal de Desenvolvimento, Inovação e Turismo, Cláudio Dutra explicou que o município mantém o diálogo com diversos setores da sociedade de Rio Grande que apresentam suas reivindicações sobre as atividades. Por isto, mudanças no modelo Papareia de Distanciamento foram aprovadas pelo Comitê Técnico. Entre elas está a permissão para que o comércio varejista na modalidade não essencial, de rua, para lojas de até 75 metros quadrados, passa trabalhar com pague e leve.

Outra alteração é para os serviços de higiene pessoal, como barbeiros e cabelereiros. Neste caso, o atendimento pode ser feito em estabelecimentos com até 50 metros quadrados, para uma pessoa com agendamento. Para a indústria da construção civil, conforme reivindicação discutida entre prefeitura e Sinduscon, a proposta aprovada é uma pessoa para cada 24 metros quadrados (máximo de três pessoas) com transporte fretado e não coletivo.

A última alteração refere-se aos eventos religiosos. Missas e serviços religiosos podem funcionar com uma pessoa a cada 50 metros quadrados e no máximo 30 pessoas por culto.
Correio do Povo/Por
Angélica Silveira