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“Município não pode pecar por omissão”, afirma vice-prefeito de Porto Alegre

Gustavo Paim vê com naturalidade pedido de Marchezan para que Exército reforce segurança no julgamento de Lula

| Foto: Samuel Maciel / CP Memória

Prefeito queria que Exército reforçasse segurança no dia do julgamento de Lula

Apesar de sequer ser constitucional, o pedido do prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Jr, para que o Exército reforce a segurança da Capital no próximo dia 24 de janeiro – quando ocorre o julgamento do ex-presidente Lula – foi visto com naturalidade pelo vice-prefeito e professor de Direito, Gustavo Paim. “O governo municipal não pode pecar por omissão”, afirmou ele, em entrevista à Rádio Guaíba neste domingo.

“Vimos pessoas que não tem nada a ver nem com segurança pública, nem com o julgamento em questão, acabam incitando e gerando manifestações que preocupam os municípes e cidadãos de Porto Alegre”, argumentou. “Demonstramos que estamos atentos. É uma atenção, uma preocupação natural de quem é gestor público e tem que cuidar do patrimônio público e privado. Foi para demonstrar que estamos atentos”, acrescentou Paim, que assume a prefeitura nesta segunda-feira por 15 dias, durante as férias de Marchezan.

Paim não viu qualquer problema no ato do prefeito, que não é autorizado a convocar Exército e Força Nacional – atribuição que cabe ao governador: “Foi um movimento absolutamente normal. Ele quis dizer, de forma transparente, é que o município de Porto Alegre está ao lado das forças de segurança”, disse.

O vice-prefeito negou também algum atrito com o governo estadual, que já trabalhava no planejamento de ações de segurança para este dia. “A prefeitura de Porto Alegre tem tido uma relação e parceria com o Estado”, salientou ele, que lembrou que a preocupação com segurança foi pauta da própria campanha de Marchezan, em 2016.

Correio do Povo