Sócios de empresa e químico foram presos em operação Gota D’Água
Foto: Samuel Maciel
O Ministério Público (MP) do Rio Grande do Sul deflagrou na manhã desta quinta-feira uma operação chamada Gota D’Água, que investiga venda de água mineral contaminada em Progresso, na região do Vale do Taquari. Segundo informações preliminares, sócios da empresa Mineração Campo Branco e um químico estariam envolvidos no esquema e foram presos em Lajeado, Porto Alegre e em Pernambuco.
As investigações do MP, que começaram no ano passado, indicam os suspeitos fizeram com que litros de água contaminada fossem comercializados com um nível de bactérias além do permitido. Em análise do produto foi identificado a presença de coliformes, além de uma bactéria que provoca reações em pessoas já debilitadas. A empresa Mineração Campo Branco é responsável por engarrafar água para “Água Do Campo” e outras três marcas: Carrefour, BiriBiri e Roda D’Água, além de companhias privadas.
Representantes da Vigilância em Saúde participaram da operação para buscar documentos da empresa. A companhia também já havia sido notificada após apresentar problemas na qualidade do produto e nas condições de trabalho. Alguns funcionários não tinham condições de poder lavar as mãos com sabão.
A abordagem pegou funcionários de surpresa. Segundo as investigações do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Segurança Alimentar, além da venda de produto em condições inapropriadas, inspeções mostraram problemas graves de infraestrutura. Agentes localizaram centenas de bombonas vencidas no pátio da Mineração Campo Branco. A empresa estava sem licença de operação da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) desde 2013.
Correio do Povo