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Moro recua da nomeação de Ilona Szabó no CNPC

Ministro pediu “escusas” e justificou decisão por “repercussão negativa entre certos segmentos”

Nomeação havia sido publicada no Diário Oficial de quarta-feira 

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, decidiu recuar da nomeação da cientista social Ilona Szabó como suplente no Conselho de Políticas Criminais e Penitenciárias. A nomeação, publicada nesta quarta-feira no Diário Oficial da União, provocou a reação de bolsonaristas nas redes sociais, que são contra as posições defendidas pela pesquisadora. Ilona Szabó é ativista contra as armas e também é a favor de descriminalização do uso de drogas.

Sérgio Moro foi duramente criticado e teria sofrido pressão do próprio presidente Jair Bolsonaro. Em nota, o ministro da Justiça disse que a escolha de Ilona Szabó para a suplência do conselho se deveu aos serviços prestados pelo Instituto Igarapé, comandado por ela, ao tema da segurança.

Moro pede “escusas” a Ilona pelo episódio e atribui o recuo à “repercussão negativa entre certos segmentos”. Quando anunciou a nomeação de Sérgio Moro para o Ministério da Justiça e Segurança Pública, Bolsonaro disse que o ex-juiz teria carta branca para comandar a pasta.

Ilona Szabó é cientista política e dirige o Instituto Igarapé, think tank de renome internacional em estudos sobre segurança pública. Na sexta-feira passada, dia 22, ela foi convidada pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro, para integrar, como suplente, o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. Em janeiro, Ilona e Moro participaram de um debate no Fórum Econômico Mundial, em Davos, e na ocasião identificaram várias convergências de ideias. Na quarta-feira, dia 27, Ilona foi a Brasília e fez uma apresentação de sua metodologia a Moro e ao secretário de Segurança Pública, Guilherme Teóphilo. Nesta quinta-feira, 28, as redes sociais amanheceram com protestos contra a indicação feita por Moro – e a cientista política foi exonerada do Conselho antes de completar uma semana

Correio do Povo