Ministro determinou que o novo chefe do GSI informe em 24 horas todos os servidores civis e militares que aparecem nas imagens
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Federal ouça em até 48 horas o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias, exonerado do cargo nesta quinta-feira após pedir demissão.
Moraes também determinou que o novo chefe interino do GSI, Ricardo Capelli, informe em até 24 horas todos os servidores civis e militares que aparecem nas citadas imagens e quais as providências tomadas. “Na data de hoje, a imprensa veiculou gravíssimas imagens que indicam a atuação incompetente das autoridades responsáveis pela segurança interna do Palácio do Planalto, inclusive com a ilícita e conivente omissão de diversos agentes do GSI”, diz um trecho da decisão.
O ministro mandou que a PF também informe se analisou todas as câmeras de segurança que captaram os atos de vandalismo de 8 de janeiro. Na decisão, Moraes determinou ainda a identificação de todos os militares que aparecem nas imagens e informe se os mesmos já foram ouvidos. Caso não tenham sido, os depoimentos devem ser realizados em 48 horas.
Relação estremecida
A relação de Lula com o GSI está estremecida desde antes da posse do presidente. Ainda durante o governo de transição, o petista decidiu que a segurança pessoal dele deveria ser feita pela Polícia Federal, e não por servidores do Gabinete de Segurança Institucional.
Após os ataques, o desconforto aumentou. O presidente mostrou incômodo com o fato de membros das Forças Armadas ocuparem cargos no GSI, e chegou a dizer que alguém poderia ter facilitado a entrada de extremistas no Planalto.