Ideia do governo é propor um texto mais restritivo, com moderação severa aos Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores (CACs) e a clubes de tiro
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que a minuta do novo decreto de armas deve ser entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na quarta-feira.
No caso de caçadores, vai ser preciso especificar a área de atuação dele, que tipo de fauna ele caça, por exemplo”, antecipou Dino nesta segunda-feira.
Em outras ocasiões, o ministro disse que apesar de estar trabalhando em um texto “fortemente restritivo”, o governo não pretende acabar com o comércio de armas no país, mas sim aperfeiçoar os critérios para a obtenção da licença.
Esse controle também deve ser maior para os clubes de tiro, que devem ter restrição no horário de funcionamento.
Entre 2018 e 2021, o número de lojas de armas com registro concedido pelo Exército aumentou 143%. O quantitativo de novas permissões de estabelecimentos passou de 237 para 577.
Promessa de campanha
A restrição ao porte e à posse de arma de fogo no Brasil era uma das promessa de campanha de Lula. Já no primeiro dia de mandato, o presidente revogou os decretos do governo Jair Bolsonaro (PL) sobre acesso a armas e munição. O decreto suspendeu os novos registros de armas, de clubes e escolas de tiro e de CACs, motivando críticas de parte do Congresso Nacional.
O deputado Alberto Fraga (PL-DF), relator de um projeto que busca suspender o decreto de Lula sobre armas, argumenta que o endurecimento da legislação sobre armas é uma “posição revanchista” do governo federal.