Augusto Heleno, Walter Braga Netto e Luiz Eduardo Ramos vão depor no Palácio do Planalto sobre acusações contra Bolsonaro
Eles serão ouvidos por uma equipe de delegados e auxiliares no Palácio do Planalto, a poucos metros do gabinete do presidente da República. Isto corre pois eles têm o direito, devido o cargo que ocupam, de poderem prestar depoimento fora de uma unidade da Polícia Federal.
Os ministros, todos da ala militar, teriam presenciado o discurso do presidente contra Moro, caso ele não concordasse com a troca da direção-geral da PF, e também interagido no assunto em uma reunião ministerial de 22 de abril, cujo vídeo foi disponibilizado ao STF e foi assistido por partes do processo na manhã de hoje.
Apesar do procedimento, todas as testemunhas no processo tem assegurado pela Lei o direito de permancerem em silêncio permanecerem em silêncio, ou responder apenas os questionamentos que julgarem pertinentes.
Na quarta-feira (13), a deputada federal Carla Zambelli também será ouvida na parte da tarde, na sede da Polícia Federal em Brasília. Ela é apontada por Moro, que é seu padrinho de casamento, como interlocutora de Bolsonaro para tentar convencê-lo de aceitar a troca na liderança da PF e do superintendente do Rio de Janeiro.
Além disso, outras duas pessoas, ainda não reveladas, devem prestar depoimento à PF. O presidente Jair Bolsonaro também deve ser ouvido, mas somente após o relato todas as testemunhas, por ser réu no inquérito.