Presidente autodeclarado, Guaidó recebeu apoio de pelo menos 12 países
Quarta-feira foi marcada por diversas manifestações em Caracas | Foto: Luis Robayo / AFP / CP
Importante ator na tumultuada situação política do país, a Força Armada da Venezuela (FANB) rejeita a autoproclamação do líder do Legislativo, Juan Guaidó, como presidente interino do país. O anúncio foi feito pelo ministro da Defesa, Vladimir Padrino, no fim da tarde desta quarta-feira.
Também por meio do Twitter, o Exército respaldou Maduro:
Em uma quarta-feira marcada por protestos contra e a favor do governo de Nicolás Maduro, pelo menos 16 prisões ocorreram ao longo do dia – e 59 desde segunda, conforme informações do jornal El Tiempo, da Colômbia. À noite, houve pelo menos quatro mortes em tumultos.
Divisão diplomática
Mais cedo, o presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, autoproclamou-se como presidente interino da Venezuela. Ele recebeu apoio de 11 dos 14 países que integram o Grupo de Lima: Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, Panamá, Paraguai e Peru. Além disso, também foi reconhecido pelo governo dos Estados Unidos – o que fez com que Maduro rompesse relações diplomáticas com o país minutos depois.
Os 11 países do Grupo de Lima “apoiam o início do processo de transição democrática na Venezuela com base em sua Constituição, visando realizar novas eleições no prazo mais breve, com a participação de todos os atores políticos e com as garantias e padrões internacionais necessários, e condenam os atos de violência ocorridos na Venezuela”.
Por outro lado, Cuba expressou seu “firme apoio” a Maduro. “Nosso apoio e solidariedade ao presidente Nicolás Maduro ante as tentativas imperialistas de desacreditar e desestabilizar a Revolução Bolivariana”, escreveu o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel. O governo do México disse que ainda reconhece o governo de Nicolás Maduro: “Até onde estamos, (o posicionamento do México) é de que nós reconhecemos as autoridades eleitas de acordo com a Constituição venezuelana”, disse à agência de notícias AFP o porta-voz da Presidência mexicana, Jesús Ramírez.
*Com AFP
Correio do Povo