Evento no Palácio do Planalto contou com a participação virtual de Bolsonaro, que está isolado para tratamento da Covid-19
“Quando recebi o honroso convite por parte do presidente para assumir o Ministério da Educação, entre outras coisas, ele me disse: ‘Olhe com carinho para a educação das crianças e ao ensino profissionalizante’. Hoje, publicamente, assumo o compromisso de que seguiremos essa orientação do presidente”, disse.
“Queremos abrir um grande diálogo para ouvir os acadêmicos e os educadores, que como eu, estão entristecidos com o que vem acontecendo com a educação em nosso País. Ainda, através do incentivo dos cursos profissionalizantes, desejamos que os jovens tenham uma ponte ao mercado de trabalho. Uma via para que atinjam o seu potencial de contribuição para o nosso país”, completou Ribeiro.
O presidente Jair Bolsonaro, que está isolado em tratamento contra a Covid-19, discursou logo na sequência. Ele destacou o papel dos professores no processo de desenvolvimento humano e, também, o compromisso do novo ministro com o diálogo e as “boas” práticas já a partir do ensino infantil.
“Os professores são aqueles que nós devemos respeito e reconhecimento por aquilo que nos ensinam e ficará para sempre em nossas vidas. Não é fácil a vida de professor nos dias atuais. Tentaram consertar, mas na verdade se equivocaram. Com toda a certeza, a chegada de um ministro voltado para o diálogo, usando a sua experiência e querendo o melhor para as crianças, esse entendimento se fará presente”, ressaltou o presidente Bolsonaro.
Membro da Comissão de Ética Pública da Presidência, Ribeiro foi escolhido para o MEC (Ministério da Educação) na sexta-feira. Ele é pastor e também atua no Conselho Deliberativo no Instituto Presbiteriano Mackenzie. É ex-reitor em exercício e ex-vice-reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Ele chegou em Brasília na segunda-feira e afirmou que tem a intenção de construir uma educação que “projete esperança ao futuro” do Brasil. À época, o ex-reitor disse ainda que vai dedicar o “o melhor dos seus esforços, conhecimento e dedicação” para chefiar o MEC.
Ribeiro ocupa a vaga deixada por Carlos Alberto Decotelli, que ficou apenas cinco dias no cargo e não chegou a tomar posse. Decotelli pediu para sair após uma série de questionamentos sobre a veracidade das informações oferecidas em seu currículo.
Ribeiro fala em ensino laico e defesa do professor em posse no MEC
Milton Ribeiro, novo ministro da Educação, afirmou que pretende construir uma gestão baseada em “valores constituicionais”, na valorização dos professores e no estímulo à formação técnica no Brasil.
“Com quanto, tenho a minha formação religiosa, mas meu compromisso, que assumo hoje ao tomar posse, está bem firmado e bem localizado em valores constitucionais da laicidade do Estado e do ensino público. Assim, Deus me ajude”, disse durante o primeiro discurso. O chefe da pasta também é pastor e atua no Conselho Deliberativo do Instituto Presbiteriano Mackenzie.
O aumento de casos de agressões contra educadores foi condenado por Ribeiro, que negou defender o uso da “violência física” na educação escolar. Ele, no entanto, considerada que algumas políticas educacionais anteriores teriam contribuído para a desconstrução da autoridade do professor em sala de aula.
“Jamais falei em violência física na educação escolar e nunca defenderei tal prática. Entretanto, vale lembrar que devido a implementação de políticas e filosofias educacionais equivocadas, em meu entendimento, que descontruíram a autoridade do professor em sala de aula, o que existe agora são episódios de violência por parte de alguns maus alunos contra o professor”, completou.
Durante o discurso de posse, o novo ministro também defendeu o amplo diálogo com os diferentes profissionais da área e, ainda, a importância do estímulo à formação técnica no País. Ribeiro acredita que o ensino profissionalizando pode se transformar em uma ponte entre os jovens e o mercado de trabalho.
“Queremos abrir um grande diálogo para ouvir os acadêmicos e os educadores, que como eu, estão entristecidos com o que vem acontecendo com a educação em nosso País. Ainda, através do incentivo dos cursos profissionalizantes, desejamos que os jovens tenham uma ponte ao mercado de trabalho. Uma via para que atinjam o seu potencial de contribuição para o nosso país”.